Ele não pode chegar a 500 metros da vítima, conforme medida protetiva. Vítima diz que não foi a primeira vez que foi agredida pelo companheiro.
Uma mulher da cidade de Guaraí, na região noroeste do Tocantins, foi agredida pelo marido com socos, chineladas e até pontapés. Com 42 anos, Joana (nome fictício) também teve as orelhas mastigadas pelo companheiro com que viveu por dois anos. As agressões aconteceram no último dia 4 deste mês, mas a mulher recebeu alta do Hospital Regional do município nesta segunda-feira (17). "Ela chegou na unidade muito debilitada. O rosto estava inchado, as orelhas com vários cortes por causa das mordidas e uma delas não tem nem como reconstruir", informou a assessoria de comunicação do hospital.
Segundo as informações, João Batista Ramos, de 54 anos, estava alcoolizado quando cometeu as agressões. Ele teria deixado a mulher machucada em casa e saído para trabalhar "como se nada tivesse acontecido".
Joana afirmou que essa não foi a primeira vez que as agressões aconteram. "Ele já tinha feito isso, mas não foi como dessa vez. Nessa ele quase me matou", alegou a vítima. Ela completou dizendo que não sabe os motivos que o levaram a agredi-la dessa forma. De acordo com o hospital, a mulher, que ficou 13 dias internada na unidade, já está melhor e passa bem.
Informações da polícia relatam que o suspeito das agressões ainda não foi localizado, mas que ele está sendo procurado desde o dia do crime. Conforme informações da família, após o registro da ocorrência na Delegacia de Polícia Civil de Guaraí, a Justiça emitiu uma medida protetiva de urgência, determinando que o companheiro se mantenha 500 metros distante da mulher.
As medidas protetivas existem através da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06), para assegurar a proteção das mulheres em casos de violência doméstica, proibindo que os agressores se aproximem das vítimas.