Ainda em Greve, Educadores de Tocantinópolis Protestam Pelas Ruas da Cidade
Data do post: 28/03/2014 17:25:36 - Visualizações: (2870)
Em greve desde a ultima segunda feira (24), e acompanhando o movimento em todo o Estado, os professores de Tocantinópolis voltaram as ruas da cidade para protestar contra o Governo e neste momento ocupam as dependências da Diretoria Regional de Ensino.
A caminhada pacífica reuniu centenas de educadores, e teve inicio por volta das 09 horas da manhã percorrendo as principais ruas da cidade. À frente do movimento estava o presidente Estadual do Sintet Senhor José Roque que de microfone em punho, não poupou ataques contra o Governador Siqueira Campos que em um trecho de sua fala o chamou de "Salafrário".
"Se esse Governo não tem compromisso com a educação, os trabalhadores tem, os trabalhadores tem compromisso com a qualidade é responsável pela educação que quer aplicar, agora falta que esse salafrário desse governador coloque as condições devidas e necessárias dentro das unidades escolares". Discursou Roque.
Dando continuidade a sua oratória o presidente estadual explicou que era por isso que os professores estavam na rua, dizendo que não era só em Tocantinópolis mais em todo o Estado do Tocantins. "Não estamos de braços cruzados não, estamos dando aula nas ruas, aulas de cidadania, aula da libertação, aula do progresso, da prosperidade da nossa juventude". Completou José Roque.
"Queremos que esse Governo tenha compromisso e respeito com os trabalhadores em educação. Nós estamos de greve sim e vamos continuar nela até que esse governo tenha responsabilidade de assumir o papel de gestor e mandar o dinheiro das escolas, pagar as nossas progressões e parar de roubar do nosso instituto de previdência que é o IGEPREV, parar de fazer sacanagem com o PLANSAÚDE, que a gente paga mais não tem o benefício devido e necessário pelo valor que pagamos". Encerrou o presidente estadual.
Na parada estratégica em frente o Campus da UFT, o presidente regional do Sintet, professor Cleber Borges também fez uso da palavra onde disse: "Nós entendemos que é inadmissível estarmos trabalhando nas condições em que estamos, nós entendemos que é inadmissível o trabalhador completar seus 25 anos de função, a sua idade e não conseguir o documento, muito menos a autorização do instituto de previdência para se aposentar. É inadmissível também que nós profissionais que trabalhamos mês a mês, que contribuímos com um fundo previdenciário já temos as nossas aposentadorias prejudicadas por conta de investimentos errados feitos pela atual gestão e feito também por gestões anteriores. Problema esse que tem levado o professor e o trabalhador profissional em educação a não dormir preocupado em não conseguir sua aposentadoria". Ressaltou o Professor Cleber.
Dando continuidade Cleber explicou a real situação em que os professores estão trabalhando citando que se os professores quiserem imprimir alguma atividade tem que levar o papel de casa. "Se o professor quiser escrever no quadro com pincel, ele tem que comprar o pincel com o dinheiro do bolso porque as escolas não tem recursos pra fazê-lo. Que os alunos já estão sem ter um ventilador funcionando porque não há dinheiro pra manutenção. As aulas noturnas prejudicadas porque não há dinheiro pra trocar as lâmpadas das escolas. A merenda escolar prejudicada, e as escolas que ainda estão conseguindo oferecer a merenda é porque encontraram algum comerciante de coração bom que vendeu fiado sem saber o dia que vai receber. Por isso, e por muitos outros motivos, nós profissionais em educação paramos as nossas atividades por tempo indeterminado até que o Governo do Estado entenda que é preciso valorizar a educação para construirmos uma sociedade tocantinense diferente". Finalizou Cleber.
Após o término da caminhada, os professores iniciaram uma outra manifestação, desta vez na sede da Diretoria Regional de Ensino de Tocantinópolis, que desde as 14 horas está sendo ocupada pelos educadores em protesto. (Assistam abaixo os dicursos descritos na matéria)