A Secretaria Estadual da Defesa Social (Seds) participa da Semana Social Cáritas que visita, desde essa segunda-feira, 31, até o dia 8 de abril, 27 municípios tocantinenses que ficam às margens da BR-153 levando a temática da Campanha da Fraternidade de 2014: “Fraternidade e o Tráfico Humano”, como também outros temas que agridem os direitos humanos.
Segundo a coordenadora de Assistência ao Preso e ao Egresso da Seds, Rosana Barreto, o objetivo da semana é promover ações contra o tráfico humano, aliciamentos e exploração de crianças, jovens e adultos. “Nós estamos trabalhando esse tema junto com a Cáritas Diocesana e iremos realizar ações de mobilização às margens da BR-153 nos municípios que vão de Talismã até Aguiarnópolis. Durante toda a semana, nós estaremos fazendo blitz, panfletagens e chamando a atenção das autoridades para trabalhar essa temática”, informou.
Rosana conta que a iniciativa irá abordar não somente o tráfico humano, “mas também assuntos como aliciamento de menores, pedofilia e outras questões que ferem de forma muito brutal os direitos humanos”. Conforme a coordenadora, a área de atuação foi definida após conversas e levantamentos que classificaram os 27 municípios como locais de risco com a existência de um aglomerado de pessoas em situação de pobreza e grande vulnerabilidade, sendo alvos fáceis dos aliciadores. A ação percorrerá postos de combustíveis, postos da Polícia Rodoviária Federal e rodoviárias. A primeira mobilização da equipe ocorreu na tarde dessa segunda-feira, no Posto Trevo, em Taquaralto, na cidade de Palmas. O lançamento da semana ocorreu na manhã dessa segunda, no auditório da Assembleia Legislativa. A ação é promovida pela regional Norte 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Secretaria de Defesa Social do Estado (Seds).
De acordo com pesquisa feita pela Organização das Nações Unidas (ONU), o tráfico humano não limita somente a liberdade do ser; limita também seus direitos, valores e sobretudo, sua dignidade. As pessoas são utilizadas em diversos setores como construção, entretenimento, atividades sexuais, serviços agrícolas, adoções, remoção de órgãos entre outros. É uma situação que movimenta cerca de US$ 37 bilhões anuais, ficando entre os crimes organizados mais rentáveis. As denuncias sobre esse tipo de crime devem ser feitas no Disque 100 ou 180.