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Criança Que Esperava há 2 anos Por Transplante Morre em Hospital

Data do post: 02/04/2014 12:36:41 - Visualizações: (1257)

Criança aguardava por transplante do intestino no Instituto da Criança. Ela ganhou o direito de fazer a cirurgia nos EUA, mas governo negou.

(Foto: Reprodução/RPC TV) A menina curitibana Francine de Assunção, de 3 anos, que aguardava  por um transplante de intestino há mais de dois anos, morreu durante a madrugada desta quarta-feira (2) no Instituto da Criança do Hospital das Clínicas (HC), em São Paulo. A informação foi confirmada pelo advogado da família, Edgar Ferraz.

O hospital foi procurado pela reportagem para informar a causa da morte, mas relatou que, por questões de ética médica, não vai comentar. De acordo com Edgar, a criança estava fragilizada e tentava se recuperar de uma infecção hospitalar.

Francine sofria da síndrome do intestino curto e ficou internada no Hospital de Clínicas de Curitiba (HC) por dois anos, onde passou pela cirurgia para retirar parte do intestino. Ela precisava do transplante para sobreviver e aguardava por um doador compatível.

Como a doença é rara e não há casos bem sucedidos desse tipo de transplante em crianças no Brasil, ela chegou a ganhar o direito de fazer a cirurgia nos Estados Unidos, mas o governo federal recorreu da decisão da Justiça Federal e sugeriu que o transplante fosse realizado em São Paulo. Desde então, ela aguardava por um doador.

O último caso desse tipo de transplante em crianças, segundo o médico responsável Uenis Tannuri, foi realizado na Santa Casa de São Paulo há 10 anos, mas não deu certo.

Emocionada, a mãe, Rosimari de Assunção, relatou que acredita que se a menina tivesse sido levada para os EUA poderia ter sobrevivido. "Talvez lá ela tivesse conseguido o doador mais rápido. Estamos todos muito tristes. Perdemos nossa filha amada".

Sobre a infecção hospitalar, Rosimari criticou as condições de higiene do hospital onde ela estava internada. "Era uma coisa muito desorganizada. Todo mundo usava o mesmo banheiro, não havia isolamento", reclamou.

O velório e o sepultamento serão realizados em Curitiba, conforme o advogado da família. Até as 8h30, o corpo ainda não tinha sido liberado.

Fonte: G1/PR

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