Por ampla maioria, os técnico-administrativos em educação da UFMA aprovaram – em assembleia geral realizada na tarde do dia 26 de março no auditório central da UFMA - a deflagração de GREVE a partir do dia 31 de março seguindo a orientação nacional da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores nas Universidades Públicas – FASUBRA.
Desde o dia 17 de março o movimento nacional grevista está deflagrado em todo o país com a adesão de trabalhadores em 36 universidades, número que deve aumentar nos próximos dias de acordo com informações do Comando Nacional de Greve – CNG, instalado em Brasília-DF.
Antes de iniciar os debates em assembleia, os servidores fizeram um minuto de silêncio em homenagem ao ex-presidente da ASSUMA, José Ribamar Gonsioroski da Silva, falecido dia 12 de março. Mariano Azevedo, presidente do Sintema e a diretora de aposentados da entidade, Graça Ferro, compuseram a mesa dos trabalhos repassando informes sobre o panorama geral de mobilização no país e, em seguida, abriram para debate.
Vários servidores foram ao microfone expressar sentimentos de angústia, insatisfação e temor quanto ao futuro da Categoria, caso as negociações de pontos importantes da pauta reivindicatória não sejam atendidos, como vem acontecendo desde a última greve ocorrida em 2012. Para a Direção do Sintema, está muito clara a intenção do Governo Federal em protelar o quanto puder a efetivação dos direitos já acordados (ver pauta reivindicatória abaixo).
Os trabalhadores presentes fizeram questão de deixar bem claro que apesar da enrolação do Governo, através principalmente do Ministério do Planejamento – MPOG, que sempre barra qualquer avanço obtido nas negociações junto ao Ministério da Educação – MEC, a categoria precisa participar mais do movimento, da luta e, neste momento, de todas as atividades da greve para que esta seja vitoriosa.
-Pontos da pauta reivindicatória que o Governo assinalou negociar:
01- Extensão do art.30 da lei 12772/12;
02-Cumprimento integral do acordo de greve de 2012, reconhecimento dos certificados de capacitação que os aposentados já possuíam quando da constituição da carreira, e cronograma com resolubilidade para a negociação dos relatórios de todos os Gts;
03-Reconhecimento dos cursos de mestrado e doutorados fora do país;
04-Aproveitamento de disciplinas da pós-graduação (especialização, mestrado e doutorado) para pleitear incentivo a capacitação;
05-Revogação das ONs (Orientações Normativas), que tratam da contagem de tempo especial convertido em tempo comum (insalubridade, periculosidade, penosidade);
06-Não a perseguição e criminalização da luta! Democratização Já!
07-Liberação de dirigentes sindicais para o exercício de mandato classista.
-Pontos da pauta que o Governo afirma não ter autorização para negociar:
*Aprimoramento da carreira (Piso/Step);
*Ascensão funcional;
*Turnos contínuos com jornada de 30 horas sem redução salarial;
*Revogação da Lei que cria a EBSERH e concurso público pelo RJU nos Hus;
*Construção e reestruturação de creches nas universidades sem municipalização.