Companheira confessou crime e disse que casal estava em processo de separação. A população da pequena cidade de Nioaque — a 187 km de Campo Grande (MS) — ficou espantada com a frieza de uma moradora. A comerciante Ana Areco, de 56 anos, matou o companheiro com golpes de marreta e uma facada.
No dia seguinte após o crime, ela contou à polícia que foi limpar a casa e não sabia o que fazer com o corpo. Foi então que decidiu cortá-lo em seis pedaços e guardá-los em sacos de lixo no freezer, embaixo dos alimentos que lá estavam.
Na segunda-feira (31), após quatro dias desaparecido, a família do trabalhador rural Luiz Ramão Ferreira, de 48 anos, decidiu procurar a polícia para registrar um boletim de ocorrência. Os investigadores foram até a casa de Ana por duas vezes. Na primeira delas, a mulher aparentou calma e disse que os dois estavam em processo de separação, após oito meses de relacionamento e que era de costume do namorado desaparecer, segundo o delegado Fábio Brandalise.
— Ela disse que acreditava que ele estaria na zona rural de Bonito, ou talvez na zona rural de Sidrolândia, ou mesmo de Nioaque. Ela dizia que não sabia o paradeiro do senhor Luiz.
Ana permitiu que os investigadores entrassem e olhassem a casa. Foram encontrados alguns pertences do companheiro. A mulher ainda contou ao delegado que ele costumava sumir por alguns dias.
— Ela foi questionada e alegou que isso acontecia com frequência. O fato não foi confirmado pela família. Eles negaram que ele desaparecia com frequência.
Os policiais receberam uma denúncia anônima que os levou novamente à casa da companheira de Luiz. A informação recebida era de que o corpo estaria dentro do imóvel.
— O investigador notou que sempre que se aproximava da cozinha, ela esboçava um resquício de nervosismo, por exemplo, acendia um cigarro.