O trabalho desenvolvido pela deputada Professora Dorinha (Democratas/TO), no período em que atuou como Secretária de Educação do Tocantins, ganhou destaque no artigo do economista Cláudio Moura Castro na revista Veja desta semana.
Intitulado “Boa educação tem receita?”, o artigo afirma que o progresso é provocado por pessoas destemidas, competentes e teimosas e cita a participação da parlamentar numa mesa redonda com mais quatro profissionais da área (ex-secretárias de Educação Maria helena G. Castro (SP) e Raquel Teixeira (GO); uma secretária atual, Claudia Costin (RJ); e um ex-prefeito, Paulo MacDonald (Foz do Iguaçu)) no evento internacional de educação – SalaMundo - ocorrido em 2013, em Curitiba (PR). “Escolhemos os nomes pelas suas façanhas. Graças a estes líderes criam-se modelos que, progressivamente, vão sendo imitados por quase todos”, pontuou.
Segundo Castro, são secretários que lutaram, que se impuseram e venceram, diante das forças da inércia e dos interesses de grupos. “Enfrentaram o uso político da máquina educativa. Estavam diuturnamente presentes, visitavam centenas de escolas”.
No artigo, o economista elogiou o planejamento, a clareza e o compartilhamento de propósitos para a boa gestão, além da necessidade da avaliação, como ferramenta central e imprescindível para medir a administração. “Afinal, de contas, se o secretário não sabe o que está acontecendo, como vai saber se vai bem a sua gestão?”
Outro fator abordado por Castro e que fez parte da gestão da Professora Dorinha frente à Seduc diz respeito à valorização dos diretores escolares. “Houve intervenções para depurar o processo de sua escolha, por exemplo, com a introdução de provas de candidatos. Em alguns casos, tiraram a carga administrativa dos ombros dos diretores, para que pudessem se dedicar ao ensino. Mas de que adiantam bons diretores se não tiverem autonomia para gerir a escola? Dar-lhes mais liberdade de manobra foi uma política implementada em várias secretarias”. No Tocantins, Dorinha implantou o projeto de Gestão Compartilhada, que dava autonomia financeira às escolas.
Também carro-chefe da Seduc-TO, a formação dos professores foi um tema recorrente. “Sabemos da ineficácia de cursos teóricos e doutrinários, daí a importância de que passassem a ser diretamente relevantes no dia a dia dos mestres”. Castro citou ainda os prêmios para escolas que atingissem metas de desempenho foram ferramentas vitais para o êxito. “O tema é controvertido, mas, se nas escolas premiadas os alunos passaram a saber mais, não será esse o critério mais convincente?”
O economista finaliza dizendo que a receita para a boa educação “é gente com vontade de enfrentar as assombrações e empreender a marcha necessária, como fizeram essas pessoas. Não tiveram ditadura para dar-lhes força, não tinham padrinhos poderosos e não são super-homens (ou supermulheres). Simplesmente fizeram.”