Empresa conclui transferência de controle do Grupo Rede e passa a ser a sexta maior em distribuição de energia do país
O Grupo Energisa assumiu o controle do Grupo Rede e, indiretamente, da Celtins e de outras sete distribuidoras do Rede que estavam, desde setembro de 2012, sob intervenção da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A transferência do controle e apresentação de um plano de recuperação da concessão era uma das condições para encerramento da intervenção pela agência reguladora. Com a aquisição, a Energisa passa a atender 6 milhões de clientes - ou uma população de 15 milhões de pessoas – em 788 municípios de nove estados, em todas as regiões do país. No Tocantins, são cerca de 500 mil consumidores em 139 municípios.
Às cinco distribuidoras do Grupo – Energisa Paraíba, Energisa Borborema, Energisa Sergipe, Energisa Minas Gerais e Energisa Nova Friburgo –, que atendem 2,5 milhões de consumidores, somam-se as concessões no Tocantins (Celtins), Mato Grosso (Cemat), Mato Grosso do Sul (Enersul), São Paulo (Caiuá, Bragantina, Nacional e Vale Paranaparema) e Paraná (Força e Luz do Oeste). A operação consolida a Energisa, a mais antiga companhia do setor no país, com 109 anos, como a sexta em número de clientes e a sétima em receita líquida no segmento – que passará de R$ 2,9 bilhões para R$ 8,4 bilhões1. A empresa irá contar, no total, com 10 mil funcionários diretos.
O novo diretor-presidente da Celtins, Riberto José Barbanera, que assume o comando da empresa em substituição ao interventor apontado pela Aneel, Isaac Averbuch, conta que as prioridades serão a retomada da sustentabilidade da concessão e da normalidade dos serviços no menor tempo possível. “Esses pilares estarão presentes na implantação do plano de recuperação para a empresa. Temos como foco a excelência nos serviços e no relacionamento com clientes. Nossas distribuidoras estão entre as melhores do país em rankings da Aneel. É esse histórico de solidez, compromisso e eficiência que traremos para a Celtins”, ressalta.
Entre 2014 e 2017, a Energisa irá investir no estado cerca de R$ 670 milhões. A prioridade, diz Barbanera, será a melhoria na qualidade do fornecimento de energia e a expansão do sistema elétrico, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento regional. “O Plano de Recuperação para a Celtins entregue à Aneel prevê aporte financeiro na companhia e medidas para recuperá-la, com o objetivo de melhorar os serviços. São diversas ações que serão fundamentais para que o estado possa crescer com segurança energética. Para isso, precisaremos devolver à Celtins a condição de rentabilidade, equilíbrio financeiro e eficiência operacional.”
Barbanera detalha ações que serão colocadas em prática nos próximos anos para melhorar serviços e o fornecimento de energia, como ampliação e reforço do sistema elétrico por meio da implantação e ampliação de subestações e linhas de distribuição de alta e média tensão; automação de subestações e sistema de média tensão; reforço da estrutura de manutenção preventiva; ampliação e modernização do sistema de telecomunicação e da área de TI; e redução das perdas de energia, que chegam a 15,9% no estado.
Ele lembra que a rotina do consumidor permanecerá a mesma. “Nada irá mudar em termos de pagamento de conta, serviços de agência e atendimento por meio do call center. O que podemos assegurar é que pretendemos melhorar a qualidade dos serviços prestados e temos muitos planos que serão colocados em prática imediatamente”, finaliza.
Novo comando
Com a aquisição, a Celtins passa a ser comandada por um novo executivo, escolhido pelo Grupo Energisa. Riberto José Barbanera assume como diretor-presidente. Graduado em Engenharia Elétrica, com MBA em Gestão Empresarial, iniciou as atividades no setor elétrico aos 18 anos, como eletricista na CESP (Companhia Energética de São Paulo), onde desempenhou diversas funções e projetos nas áreas de distribuição e geração. Com a privatização da empresa, que deu origem à Elektro, passou a gerente da área operacional. Recentemente, trabalhou também na CPFL.
Entenda o processo
O processo de aquisição teve seu desfecho em julho de 2013, quando a Energisa conseguiu que sua proposta fosse submetida à votação em Assembleia de Credores do Rede. Aprovado pelos credores, o Plano de Recuperação Judicial foi homologado em setembro pela 2ª Vara de Falências de São Paulo, responsável pelo processo. Em outubro, a venda do controle acionário foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Em dezembro, a Aneel aprovou o Plano de Recuperação e Correção de Falhas e Transgressões para o Rede, entregue pela Energisa dois meses antes. Em janeiro, a agência reguladora deu anuência para a transferência de controle, a última etapa antes da conclusão do negócio.
Conheça o Grupo Energisa
O Grupo Energisa é um dos principais grupos privados do setor elétrico do Brasil. Com 109 anos de história e uma das primeiras empresas a abrir capital no Brasil, em 1907, a Energisa tem na distribuição de energia a base principal de seu negócio. Com a compra do Rede, a empresa passa a gerar 10 mil empregos diretos. Somente no Tocantins são 865 funcionários.
A Energisa tem como prioridade a excelência na prestação de serviços e no relacionamento com os clientes. Como resultado, as distribuidoras da Energisa estão hoje entre as melhores do país em relação aos indicadores que medem os serviços oferecidos à população em rankings da própria agência reguladora. A empresa já recebeu 26 troféus ao longo de 15 edições do Prêmio Abradee, além de um PNQ (Prêmio Nacional da Qualidade), que atesta a excelência de Gestão em nível internacional.
A Energisa também está frequentemente entre as mais bem avaliadas pelo Índice Aneel de Satisfação ao Consumidor (IASC), resultado de pesquisa realizada pela agência entre consumidores das 63 distribuidoras de energia do país.
Com a missão de transformar energia em conforto, desenvolvimento em novas possibilidades, de forma sustentável, responsável e ética, a Energisa possui um diversificado portfólio de distribuição, geração (Energisa Geração) – com foco em energias renováveis, entre PCHs, eólica e biomassa -, comercialização (Energisa Comercializadora) e serviços para o setor elétrico (Energisa Soluções).
Como ficará o Grupo Energisa após a aquisição:
· 13 concessões de distribuição em 788 municípios em todas as regiões
· 572 Subestações
· 16.301 km de linhas de transmissão
· 496.402 km de linhas de distribuição
· 6 milhões de consumidores
· Mercado de 23.418 GWh
· 10 mil funcionários diretos
· 1.631.000 km2 de área de concessão da distribuição
· 638 MW de projetos de geração (com fontes limpas e renováveis)
o 373 MW em operação
o 60 MW em construção
o 205 MW em desenvolvimento
· Três empresas de serviços relacionados
o Energisa Soluções
o Rede Serviços
o Energisa Comercializadora