Imagine o que você faria ao se deparar com um morador de rua, faminto, sem condições adequadas de higiene, sem ajuda de familiares e com problemas de saúde? A resposta de muitos seria ignorar, mas não foi o que aconteceu com Elisangela Benício de Almeida, empresária e moradora de Palmas, movida por um sentimento de compaixão, ao se deparar com Antônio Flávio Ribeiro, 45 anos, ela decidiu ser diferente e ajudar.
Apesar de ter um nome, Antonio era anônimo para a maioria das pessoas, disposta a oferecer amparo Elisangela conseguiu reunir alguns moradores do Aureny I, local por onde o homem vagava, e juntos somaram forças para mudar as condições de vida de Antônio. Após várias tentativas sem sucesso de localizar a família, Elisangela decidiu entrar em contato com o Corpo de Bombeiros e foi ai que ele encontrou a ajuda que precisava.
Ao chegarem ao local os militares se solidarizaram com a situação de Antonio e com atitude de Elisangela, que não possuía nenhum grau de parentesco com homem que foi conduzido ao CAPS II até que a família do mesmo pudesse ser localizada. Foi então que o soldado bombeiro, João Markus da Silva Mota, que participou do atendimento, entrou em contato com alguns colegas policiais, para tentar localizar a família de Antonio.
“Quando cheguei em casa havia uma mensagem no meu celular do Major Teixeira, da polícia de Teresina – Piauí. Eu dava pulos, a felicidade era muito grande, enfim parecia possível encontrar a família de Antonio. E logo no dia seguinte um policial civil de Palmas, me ligou informando que tinha encontrado documentos com o nome da mãe e o endereço. Entrei em contato novamente com Teixeira e ele conseguiu localizar a família no Piauí. Em menos de três dias conseguimos resolver a situação de um homem que estava a dois anos nas ruas, graças a Deus e a colaboração dos bombeiros. Não há palavras para agradecer e nem expressar todo o apoio desta instituição”, explicou Elisangela.
“Desde criança minha mãe sempre me levava para ajudar pessoas, por isso escolhi ser bombeiro. Quando descobri que a família de Antonio tinha sido localizada fiquei muito feliz, talvez tenha sido a melhor coisa que fiz na vida”, descreve o soldado.