Cachorro morreu horas depois de receber dose de vacina antirrábica. Outro animal ficou cego de um olho; CCZ não quis comentar os casos.
Vários moradores de Palmas reclamaram que cães e gatos vacinados durante a campanha de vacinação antirrábica apresentaram efeitos colaterais. Um cachorro morreu. A campanha foi realizada no último sábado (27).
As fotos e a coleira foram tudo que restou de Tigrão, o cão labrador de José Soriano. "Ele passou mal já na volta para casa. Quando chegou aqui perto ele deitou e desmaiou. Depois de tomar um pouco de água chegou em casa, mas deitou e não levantou mais. Isso era por volta das 16h, quando foi às 19h o Tigrão já estava morto", contou.
A campanha de vacinação foi realizada no último final de semana. Em Palmas, mais de 24 mil animais foram vacinados.
O cachorro de Jeferson Amom também teve reação. Ele ficou cego de um olho e com a visão comprometida no outro.
"Eles mostraram a documentação da vacina informando que poderia ser dada em animais a partir de 2 meses. Mais ou menos uma hora depois, ele ficou com muita dor e o globo ocular distorceu, causando a perda total da visão do olho direito e parcial no olho esquerdo, segundo me disse a veterinária", relatou.
Segundo o médico veterinário João Eduardo Pires, a probabilidade de uma vacina trazer problemas à saúde do animal é pequena, mas não é descartada.
"A conservação da vacina ou a aplicação errada é que pode ocasionar um problema de eficiência vacinal", explicou.
O Centro de Controle de Zoonoses de Palmas não quis comentar os casos e disse que a responsabilidade é da Secretaria Estadual de Saúde.
O governo emitiu um parecer técnico, dizendo que para a vacina apresenta resultados satisfatórios e é preciso ter atenção com o armazenamento, transporte, e administração da dose.
O CCZ foi questionado sobre o armazenamento das vacinas, mas não respondeu até a publicação desta reportagem.