Preso durante a operação "Notívagos", da Polícia Civil do Tocantins, em julho do ano passado com 17 tabletes de maconha, pesando 4,6 quilos, o estudante goiano Felipe Silva da Rocha, 21 anos, deve cumprir pena de prisão fixada em sete anos.
A sentença de condenação, prolatada nesta quinta-feira (03/03) pelo juiz Luiz Zilmar dos Santos Pires, da 4ª Vara Criminal da Comarca de Palmas, após audiência de instrução e julgamento, determina que o regime seja fechado e que o condenado também deve pagar 700 dias-multa (aproximadamente R$ 20 mil).
Preso em julho do ano passado durante a operação "Notívagos", realizada pela Polícia Civil do Tocantins para combater pontos de venda e distribuição de drogas, o réu foi flagrado na quadra 1206 Sul, em Palmas, após deixar a rodoviária da capital com uma mochila contendo a droga. Em sua residência, foram encontradas ainda balança de precisão, tesoura, facas, e plástico para embalar a droga, além de R$ 194, em espécie.
Em sua defesa, o réu alegou ser usuário de drogas e confirmou ter recebido R$ 500 para apanhar a mochila de outra pessoa e entregá-la a um terceiro. Por ter confessado, requereu pena no patamar mínimo, com base no atenuante da confissão e em suas condições pessoais e pediu que a cumprisse em semiaberto, com direito de recorrer em liberdade ao Tribunal de Justiça.
Para o juiz, que além do réu ouviu o depoimento de três testemunhas, entre os quais dois policiais responsáveis pelo flagrante, as provas mostram que o réu é um traficante. "Tanto que os policiais chegaram a fazer campana na sua residência, pelo fato do acusado já ser conhecido pelos policiais da [delegacia] especializada", escreve na sentença. Para o juiz, a abordagem não foi fruto de uma diligência ocasional, mas um "trabalho investigativo" que culminou com a apreensão.