Segundo o comandante do 14º BPM, Edeilson Carvalho, Alexandre Xandu sofreu problemas psicóticos e surtou.
Um policial militar recém-incorporado matou um colega de farda dentro de uma viatura na madrugada do ultimo sábado (12), na cidade de João Lisboa, a 12 km de Imperatriz. O caso aconteceu durante um patrulhamento de rotina na praça principal da cidade, por volta de 1 hora. Quatro policiais estavam na viatura no momento do incidente.
Depois de disparar dentro da viatura e vitimar o soldado Erasmo Alves Cordeiro, 31 anos, que era morador na Rua Bom Futuro, 681, incorporado em 2014, o soldado Alexandre Xandu – passou para o patrulhamento nas ruas já neste ano de 2016 – dirigiu-se a um bar e efetuou outros disparos. Ninguém foi atingido, porque os clientes correram, conforme conta o tenente coronel Edeilson Carvalho, comandante do 14º BPM, no qual os dois policiais são lotados.
“O que a gente percebeu foi um fato trágico, uma tragédia lamentável. O policial teve um surto psicótico não percebido anteriormente pelos seus companheiros. No deslocamento para uma ocorrência, ele sacou a arma e começou a atirar no interior da viatura, atingiu um dos seus companheiros e, em seguida, saiu correndo, adentrou num bar e fez outros disparos. O policial dentro da viatura veio a óbito”, relata o tenente coronel.
Após ser preso em função do surto, o soldado Xandu foi encaminhado ao Hospital Municipal de Imperatriz, medicado e posteriormente recolhido em uma cela no Quartel do 3º BPM.
O tenente coronel Edeilson Carvalho informou que o soldado ainda apresenta quadro de grave perturbação mental, sem coordenação das ideias e sem condições, pelo menos por enquanto, de prestar esclarecimentos. “Ele alega não saber o que aconteceu e que estava sendo atacado por inimigos no momento dos disparos”, disse o comandante.
“No decorrer dos treinamentos, das instruções ele não apresentou nenhum comportamento que pudesse apresentar algum problema de ordem psicológica, se comportou como bom policial até que surpreendesse os seus próprios companheiros nesse fato trágico de proporções desmedidas”, acrescentou o comandante.
Dois procedimentos, um no âmbito da Polícia Militar e outro criminal, foram abertos para apurar o caso.
Ontem, no fim da tarde, Alexandre Xandu foi transferido para São Luís, onde ficará preso no Quartel Geral da Polícia Militar.