Depois de se manter estável em janeiro e revelar um pequeno aumento em fevereiro, o endividamento das famílias voltou a crescer em março. Neste mês, o índice chegou a 73,1%, enquanto no mês passado estava em 71,6%, apontando um acréscimo de 1,5%.
No comparativo com o mesmo período de 2015 a redução foi de 1,8%. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) é uma realização mensal da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em parceria com a Fecomércio Tocantins.
Para o presidente da Fecomércio Tocantins, Itelvino Pisoni, o aumento no endividamento continua sendo motivado pelo quadro recessivo nacional. “O desemprego é o maior causador, somado com as instabilidades política e econômica do País”, destacou.
O vilão na contração das dívidas continua o mesmo, o cartão de crédito, respondendo por 72,2% dos entrevistados. O uso do carnê ficou em segundo com 28,4% e o financiamento de veículo em terceiro lugar, citado por 24,7%.
O total de famílias que possuem contas em atraso ficou em 14,4%. As que têm condições de pagar (total e parcialmente) as dívidas em atraso chegaram a 96,5. As famílias que não poderão quitar as dívidas ficaram em 0,3%. E o tempo médio de comprometimento da renda com dívidas chegou a 33,2%.
O tempo de pagamento das dívidas atrasadas mais citado foi o prazo entre 30 e 90 dias, confirmado por 39,9%. Já o tempo médio chegou a 49,7 dias para esse pagamento. Com 48,2%, ficou o tempo de mais de um ano de comprometimento com dívidas. E o tempo médio do comprometimento com as dívidas ficou em 8,1 meses.
A PEIC
Foram entrevistadas 500 famílias palmenses divididas em duas categorias: as que ganham até 10 salários mínimos/mês e as que recebem mais de 10 salários mínimos. Os números aqui apresentados são do índice geral, ou seja, das duas categorias pesquisadas. A PEIC de março foi aplicada nos últimos 10 dias de fevereiro.