A Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) emitiu Nota Técnica nesta terça-feira, 29, para todos os sindicatos rurais e a Federação da Agricultura e Pecuária (Faet), com recomendações sobre o combate e controle do Mormo, tendo em vista a detecção de 15 focos da doença na região sul do Tocantins, totalizando 24 animais positivos.
“A preocupação da Adapec é com a realização de eventos pecuários, que movimentam grande número de equídeos, principalmente cavalos. Essas aglomerações oferecem grande risco de transmissão e proliferação da doença”, explica Humberto Camelo, presidente da Adapec.
“Recomenda-se a não aglomeração de equídeos em cavalgadas, tropeadas, vaquejadae outros, nos municípios de Formoso do Araguaia, Sandolândia e Cariri do Tocantins”, diz a Nota Técnica da Adapec, que ainda explica que “a medida visa evitar a disseminação da doença para todo o território tocantinense, o que afetaria o comércio de animais, prejudicando a equideocultura e a saúde pública, visto tratar-se de uma zoonose de grande risco”.
A Nota também explica que “como a fonte de infecção mais comum é a ingestão de alimentos (ração, feno, volumoso) ou água, em bebedouros e comedouros compartilhados por vários equídeos (infectados e sadios), através de descargas do trato respiratório ou lesões de pele ulcerada de animais infectados, salienta-se que principalmente em aglomerações o risco de contaminação dos animais é maior devido a esta prática ser comum”.
Os técnicos ainda explicam que os animais assintomáticos (sem os sintomas) têm sido uma das grandes fontes de transmissão da doença.
Dados
Foram confirmados 15 focos para Mormo no estado do Tocantins, sendo 13 em Formoso do Araguaia, 01 em Sandolândia e 01 em Cariri do Tocantins, no total de 24 animais positivos.
Medidas
Com o surgimento dos casos, a Adapec vem realizando o saneamento das propriedades, através da coleta de material para exames com mais de 600 amostras, realização de 18 sacrifícios sanitários de animais positivos para a enfermidade, interdição de 45 propriedades e atendimento médico veterinário através da notificação de produtores de suspeitas de Mormo.
Também foram realizadas palestras de conscientização aos produtores, sindicatos rurais e a população em geral, e intensificação de vigilâncias ativas nas propriedades.