“Hoje eu tenho um lugar para criar os meus filhos”. Com essas palavras a dona de casa Vilma Silva de Souza, 40 anos, comemorou a realização do sonho da casa própria. O imóvel de interesse social foi entregue à Dona Vilma graças à intervenção da DPE-TO – Defensoria Pública do Estado do Tocantins. Ela recebeu as chaves e assinou os documentos do imóvel na sede da DPE-TO, em Palmas, na tarde desta quarta-feira, 30.
A casa foi entregue pelo superintendente de Habitação da SEINF – Secretaria Estadual da Infraestrutura, Habitação e Serviços Públicos, Rogério Spielmann.
Vilma Silva de Souza conta que, por causa de um câncer de mama, procurou a Defensoria Pública para tentar conseguir uma medicação para o tratamento da doença. Durante o atendimento com o defensor público Arthur Luiz Pádua Marques ele percebeu que se tratava de uma pessoa em situação de vulnerabilidade social. Além do câncer, dona Vilma cuida de uma tia deficiente, e, na casa alugada, moravam cinco pessoas. Ela já era inscrita nos programas habitacionais do Estado e do Município de Palmas, mas ainda não tinha sido contemplada. Verificando a situação da assistida, o defensor oficiou a Secretaria Estadual de Habitação. O superintendente de Habitação, Rogério Spielmann, informou que a secretaria analisou o cadastro e percebeu que se tratava de um caso prioritário.
“Após a entrega de 250 casas na quadra 1303 Sul em Palmas, no dia 19 de dezembro passado, a secretaria identificou uma situação onde uma das casas não tinha sido ocupada com fins sociais de maneira correta. Foi feito um destrato dessa família e o imóvel retornou para a secretaria. Como Dona Vilma já estava inserida dentro do cadastro, e como é uma questão de prioridade, ela foi contemplada com essa casa”, afirmou Spielmann.
Para o defensor público Arthur Luiz Pádua Marques, o caso de Dona Vilma é emblemático. Isso porque, muitas vezes, o assistido chega na Defensoria sem saber os seus direitos. “É muito importante que no momento do atendimento a defensoria consiga identificar todos os problemas do assistido. O caso da dona Vilma retrata uma situação muito corriqueira, mas pouco percebida. A paciente veio à defensoria para cuidar de um câncer. Porém, durante o atendimento, foi identificado também a sua vulnerabilidade em relação ao acesso à moradia. O expediente foi encaminhado à Secretaria de Habitação, que de análise à documentação e à prova juntada, entendeu, segundo a legislação, entregar de pronto uma unidade habitacional. E hoje a dona Vilma conseguiu o acesso à sua tão sonhada moradia”, concluiu o defensor.
Agora, com as chaves da casa própria em mãos, Dona Vilma quer seguir em frente, cuidar da própria saúde e da família. “Estou me sentindo muito feliz. Eu acho que toda mulher sonha em ter uma casa. Orei muito e pedi muito à Deus para ter um lugar para a minha família, e agora eu consegui graças a todos vocês”, comemorou Vilma.