Três suspeitos vão responder o processo em liberdade. Caso está sendo investigado por um grupo especial da Polícia Civil.
Dez pessoas suspeitas de fazer parte da quadrilha de desvio de grãos de soja no sul do Maranhão foram indiciadas pela polícia. A Delegacia Regional de Segurança em Balsas, a 810 km de São Luís, fez nesta terça-feira (12) um balanço das investigações.
Segundo o delegado regional de Balsas, Fagno Vieira, a investigação a partir de agora irá tentar descobrir como o desvio da soja era operado. “Nós temos que investigar se esse esquema operava em outras fazendas. Enfim, a gente já tem mais ou menos uma visão de funcionamento dessa quadrilha, mas nesse primeiro momento é mais urgente concluir as investigações relativa aos que se encontram presos”, explicou.
Os três suspeitos que vão responder o processo em liberdade são funcionários da fazenda, onde a soja foi desviada. De acordo com o delegado, eles davam suporte à quadrilha colocando entre cinco a dez toneladas de soja a mais nos caminhões. Parte da soja desviada já foi recuperada. “O maior receptador se encontra preso, que é o proprietário do armazém de grãos que ficava no estado do Piauí. Agora a gente acredita que ele recebia essa carga e também repassava para algumas pessoas. Tem uma pessoa que a gente já identificou também que receberia. Tava agendada para o dia seguinte receber uma dessas carretas com essa carga desviada e essa pessoa também vai ser ouvida muito em breve pra esclarecer qual é a participação dela em todo esse esquema aí”, revelou.
O delegado Fagno Vieira diz que descarta a possibilidade de essa quadrilha estar envolvida com os furtos e roubos de agrotóxicos e peças de máquinas agrícolas que vem acontecendo em fazendas da região. No entanto, ele acrescenta que vários inquéritos já foram instaurados para a investigação desses crimes.
Só este ano três fazendas na região conhecida como “Gerais de Balsas” foram alvo da quadrilha que age com bastante violência. De uma única fazenda foram levados mais de um milhão de reais em agrotóxicos. O caso está sendo investigado por um grupo especial da Polícia Civil. “Existe a investigação também que trata desses assaltos de agrotóxicos que agente tem desenvolvido em conjunto com a equipe de roubo a carga de São Luís, da Seic, mas até o presente momento nós não encontramos nenhuma relação entre esses crimes. Tudo indica que esses atuavam só desse furto de soja”, finalizou.