Como uma capataz comandava os escravos na época da escravidão, ela negocia lotes, derruba barracos, manda fazer onde lhe convém e decide quem precisa ou não construir no assentamento sem teto localizado entre os Bairros Alto da Boa Visa I e II em Tocantinópolis.
Natural de Miranorte (TO), Mariuza Almeida Lima de 49 anos, ex-candidata a vereadora na eleição de 2012 no qual conseguiu meros 26 votos, se tornou a prefeita do assentamento Sem Teto denominado Tobasa expulsando adversários e fazendo negociatas visando beneficiar candidatos na eleição municipal.
Uma área de terras produtivas com tamanho de 297.020,15m² visinha aos Bairros Alto da Boa Vista e Alto da Boa Vista II em Tocantinópolis se tornou local de negociações exclusas em nome do "se dar bem a qualquer custo". O Terreno que hoje pertence ao Estado do Tocantins depois de uma negociação feita com a Empresa Tobasa Bioindustrial de Babaçu Ltda, que entregou a título de dívidas, está sendo disputada por alguns poucos sem teto que realmente estão na berlinda sem emprego, sem previsão de conseguir um e sem um lugar para morar, e viram no terreno aparentemente abandonado a chance de pelo menos passar o sol do dia e as chuvas eventuais.
Os que realmente estão precisando de um lote para construir seus barracos tem que passar pelas humilhações da prefeita do assentamento, uma senhora de nome Mariuza Almeida Lima, conhecida por "Mariuzona", que é natural de Miranorte (TO), que também já morou em Maurilândia do Tocantins e atualmente é residente na Rua Esmeralda próximo a feira livre em Tocantinópolis, endereço onde tem uma casa própria. Mariuza que possivelmente está usando um poder adquirido praticamente na marra, depois de expulsar os outros líderes do movimento para ela mesma passar a negociar e pedir pela cidade aos comerciantes e empresários em nome dos pobres assentados.
Há relatos de que Mariuza negocia lotes em locais privilegiados, já mandou derrubar barracos de quem não a obedeceu, além de agora está atuando como uma espécie de cabo eleitoral do atual prefeito Fabion Gomes que almeja eleger o sobrinho em seu lugar. No ano passado o atual gestor participou ativamente da desocupação do terreno realizada pela polícia militar com o uso das máquinas do Dertins ao abastecer por conta da prefeitura municipal as pá mecânicas usadas para derrubar os poucos barracos que já estavam sendo levantados. Na ocasião, a hoje aliada Mariuza não poupou xingamentos ao gestor e também ao Governador Marcelo Miranda, porém, depois de algumas reuniões com Fabion, Mariuzona agora é ferrenha defensora da oligarquia Gomes, onde a mesma é vista frequentemente no Cartório Eleitoral ajudando fictícios sem teto a transferir os títulos para Tocantinópolis. (Assista no vídeo abaixo o que ela pensava antes do prefeito)
A VACA FOI PRO BREJO
Pensando no lado político o prefeito Fabion passou a ajudar discretamente os sem tento, que na verdade são apenas uns 30 necessitados, o restante são apenas invasores que construíram seus barracos e de vez em quando vão no local olhar suas casinhas e depois voltam pra casa, mas, com a segurança e o abono de Mariuza que sempre vigilante não deixa ninguém mexer no precioso futuro lote.
A ajuda de Fabion chegou depois que ele exageradamente comprou vacas demais sem ter terras aptas a recebê-las, ou seja, com pasto para alimentá-las, e assim, o prefeito que usufrui de certas regalias com a Odebrecht/Saneatins, isso mesmo, aquela Odebrech que financia políticos corruptos e ditaduras pelo Brasil. Então o gestor solicitou gentilmente a imensa área cercada onde fica o lago de receptação para tratamento do esgoto caríssimo da empresa, conseguindo uma autorização para cercar com arame farpado o lago e colocar suas mais de trezentas rezes no terreno que por coincidência fica em frente ao acampamento dos sem teto que vendo o gado receber água de carros pipas e eles passando sede e necessidades por falta do precioso bem, passaram a xingar veementemente o prefeito quando este ia visitar seu precioso gado.
Para amenizar os ânimos exaltados dos pobres coitados sem teto, o prefeito mandou o carro pipa também abastecer água para os moradores e além disso chamou sua capataz Mariuza e mandou que a prefeita dos invasores distribuísse algumas senhas para os moradores alegando que seriam para que estes recebessem carne de uma das suas novilhas que seria abatida. Obediente a capataz tratou logo de reunir "os seus preferidos" para entregar as tais senhas assinadas por ela mesma, e depois de deixá-los esperançosos e aguardando por mais de duas semanas, a tal carne nunca apareceu. O motivo dado pelo gestor foi a de que o Roberlan Cokim poderia filmar e complicar a candidatura de seu sobrinho, sendo que ele como prefeito poderia sim fazer o seu trabalho social pelo menos uma vez nesse mandato, porém, ele preferiu enganar mais uma vez os pobres coitados para jogar a culpa no adversário político do sobrinho.
O CHAFARIZ
Tentando mais uma vez agradar os sem teto, o prefeito mudou a estratégia e mandou construir uma espécie de chafariz para que chegasse água potável aos sem teto, porém, a construção de cimento foi feita num local onde a própria prefeitura estava usando como lixão no meio do terreno, e longe dos barracos que estão construídos atualmente que são mais de cento e cinquenta.
Na manhã desta ultima terça feira (12), nossa equipe de um homem só foi averiguar a benfeitoria que está sendo construída pelo município e fomos surpreendidos pela prefeita Mariuza que chegou incitando alguns moradores que estavam com ela de facão na mão a nos expulsar do local. Ao chegar a capataz foi logo dizendo: "Que horas que os tratores vão chegar para derrubar o chafariz?", dando a entender que nós estávamos fotografando para que a benfeitoria fosse destruída, mostrando uma nítida intenção de fazer com que algum morador tomasse as dores e nos atacasse. Não perdendo a oportunidade Mariuza passou a usar palavras de baixo calão alegando ainda que o prefeito não deu o gado que havia prometido para eles por causa de nós que iríamos filmar dando entender que tudo seria feito as escondidas.
A chefona local ainda ameaçou caso voltássemos ao terreno novamente, mas, com certeza isso será uma nova história, pois não deixaremos de fazer nosso trabalho, e ao contrário do que Mariuza pensa, o local é mais público do que ela imagina.