A Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) e Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) com a presença de represente do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) reuniram-se na manhã desta quarta-feira, 13, para discutirem as ações compartilhadas sobre a vigilância da raiva em territórios indígenas do Tocantins.
Os polos indígenas que receberão essa ação programada, prevista para ocorrer no segundo semestre deste ano, abrangem 11 municípios.
A assessora de zoonoses e animais peçonhentos da Sesau, Iza Alencar Sampaio de Oliveira, explicou que as atividades consistirão na prevenção da doença por meio de educação e saúde, bem como no monitoramento do animal suspeito e no estreitamento das relações para que o indígena que for agredido por algum animal mamífero procure o serviço de saúde pra saber se vai precisar ou não da profilaxia antirrábica. “Já trabalhamos há dois anos de forma compartilhada com a Adapec, agora queremos expandir esse trabalho as áreas indígenas que necessitam de atenção especial”, avaliou.
A Adapec realiza ações de controle da raiva dos herbívoros (bovinos, equídeos, suídeos, caprinos e ovinos), de forma rotineira, que consistem no controle populacional do morcego hematófago, principal transmissor da doença na zona rural; cadastramento e monitoramento de abrigos, palestras, entre outros. "A raiva humana e animal estão interligadas, temos que ter essa preocupação constante para minimizar os riscos da doença. Estamos engajados para fortalecer e colaborar realizando ações em conjunto”, disse o responsável técnico do Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros da Adapec, José Emerson Cavalcante.
Os municípios que fazem parte dos polos de base indígenas que receberão as ações de prevenção da raiva humana e animal, além de leishmaniose são: Tocantinópolis, Maurilândia, Araguaçu, Sandolândia, Formoso do Araguaia, Lagoa da Confusão, Itacajá, Goiatins, Pedro Afonso, Tocantínia e Santa Fé do Araguaia.
Dados
No Tocantins, em 2018 foram registrados 22 casos de raiva em herbívoros. Conforme dados da Sesau, em 2017, ocorreu um caso de raiva humana, sendo o último identificado.