A Conferência Internacional da Síndrome de Down está sendo realizadas quinta-feira, 21, como parte das atividades da Sessão da Comissão Sobre a Situação das Mulheres (CSW) da Organização das Nações Unidas. A deputada Professora Dorinha (Democratas/TO) faz parte da delegação brasileira presente no encontro e participou dos debates que orientou a construção de um documento com novas políticas de inclusão para pessoas com a síndrome.
A Conferência abordou a dignidade e valor das pessoas que vivem com síndrome de Down, suas contribuições para a sociedade em todas as esferas da vida e questões ligadas a mudanças culturais, legais e políticas fundamentais para a elaboração de políticas públicas. O encontro reuniu pessoas com a síndrome, seus autodefensores, profissionais de educação, especialistas na área, representantes de governos e autoridades políticas de 163 países para os debates.
A deputada Dorinha acredita que a profissionalização é uma das áreas que precisam de mais atenção. “Nos últimos anos tivemos avanços na educação inclusiva, e apesar de ainda haver falhas, a maioria das escolas já são preparadas para receber crianças com necessidades específicas no processo educacional. Hoje o nosso maior desafio é a profissionalização e inclusão das pessoas com síndrome de Down no mercado de trabalho e em todas as demais áreas de socialização”, afirmou.
Na quinta-feira, 21, comemora-se o Dia Internacional da Síndrome de Down, data criada para trabalhar em todo o mundo a conscientização sobre inclusão social das pessoas com essa síndrome. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística o Brasil tem cerca de 300 crianças, homens e mulheres vivendo com síndrome de Down. Resguardadas algumas necessidades específicas essas pessoas podem ter uma vida com poucas limitações à medida que as oportunidades forem oferecidas.
“A Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down tem um levantamento que mostra 70 estudantes com a síndrome em cursos de nível superior do Brasil. É um número muito pequeno se considerarmos que entre as 300 mil que vivem com síndrome de Down no país muitas teriam condições de trilhar o mesmo caminho se houvessem mais políticas de inclusão e socialização. Essas são algumas das questões em pauta na ONU que levaremos para a prática no Brasil”, afirmou Dorinha.
Sobre o CSW
A Sessão da Comissão sobre a Situação das Mulheres (CSW) é o segundo maior evento anual no calendário da Organização das Nações Unidas (ONU) após a Assembleia Geral. Realizado na sede da ONU em Nova York, este ano entre os dias 11 a 22 de março, o encontro reúne representantes de Estados membros da ONU, organizações da sociedade civil e entidades das Nações Unidas para a elaboração do documento que vai balizar as políticas de inclusão em todo mundo. Este ano o tema central é “Sistemas de proteção social, acesso a serviços públicos e estrutura sustentável para a igualdade de gênero e a capacitação de mulheres e meninas”.