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Com Imperatriz Inundada, Novo Áudio Sobre a Barragem de Estreito Amedronta População Ribeirinha

Data do post: 05/04/2019 17:09:47 - Visualizações: (6238)

Mais uma vez a população ribeirinha que vive abaixo da Usina Hidrelétrica de Estreito vive dias de pânico, após vários vídeos e fotos de uma grande inundação que ocorreu em Imperatriz nesta Sexta feira (05), passou a circular nas redes sociais, principalmente nos grupos do aplicativo whatsapp juntamente com um áudio que põe em cheque a seguridade da Barragem de Estreito.

Foto Divulgação WhatsappNo áudio o autor, até então desconhecido, parece estar alertando alguém, porém, o áudio está sendo amplamente divulgado e causando terror e dúvidas em muitas pessoas abaixo da grande construção.

O áudio diz o seguinte: "Oi Paula deixa eu te falar. Eu tô vendo aí, eu tô postando aí em Imperatriz toda inundada de água e deixa eu te falar uma coisa. Não tenho informação boa, principalmente pra quem tá numa situação dessas e morando na beira do Tocantins, te informa, não sei se tu mora num setor baixo ou num setor mais alto, eu falei com meu primo agora que mora lá em Estreito, a barragem de Estreito apresentou rachadura, entendeu? Foi soltado meio mundo de água lá da barragem, entendeu? Mais apresentou rachadura e está em estado de alerta em Estreito por causa da barragem, e isso não é bom. Que se Deus o livre a barragem de Estreito estourar, essas cidades inclusive Imperatriz não vai sobrar ninguém. Isso é uma notícia muito ruim. Você é amiga minha talvez você não sabe dessa informação, procura saber dos órgãos que comanda a barragem que está em Estado de alerta lá em Estreito que essa história é real é verdade pura". Relatou o autor anônimo. (Ouça o áudio na íntegra no final da matéra)

Imagem do site www.tocnoticias.com.brComo esse disse me disse é constante desde a inauguração da barragem, para tentar diminuir a tensão vivida pela população Ribeirinha baixo da construção, a redação do Portal Tocnoticias entrou em contato com os responsáveis por essa área de controle da vazão de água ainda no ano de 2016, través de um e-mail enviado para os responsáveis da época (turnouhet@tractebelenergia.com.br) solicitando que fosse enviado periodicamente as amostras de vazões de defluências praticadas pela UHE Estreito, porém, como resposta recebemos um outro e-mail assinado pelo supervisor de operação "SETOP" Francisco Carlos Bolfoni Togny que explicou o seguinte: "Prezado Roberlan,  Com referencia a sua solicitação, informamos que a ENGIE Tractebel, não presta informações externas sobre hidrologia, desde que, a entidades formalmente autorizadas pelo CESTE, assim solicitamos, por gentileza, que encaminhe sua solicitação diretamente ao Consorcio CESTE".

Fizemos esse pedido, enviando a mesma solicitação para outros endereços que encontramos nas poucas informações do site da empresa mas, quase 3 anos depois ainda não obtivemos resposta.

O Ceste, consórcio responsável pela UHE, tem uma comunicação deficitária, totalmente incompatível com a necessidade atual. O consórcio além de não responder emails, repassando informações e esclarecendo dúvidas, parece estar na época dos dinossauros, ignorando a força das redes sociais.

Imagem da internetQuando o o Ceste decide esclarecer algo a propagação da informação seja verdadeira ou fake news está fora de controle.

Questiona-se o fato de o consórcio ter uma visão pequena e atrasada das ferramentas de comunicação, diretores resistentes que deveriam se adaptar conforme a sociedade evolui, não é admissível que um entendimento tão atrasado faça parte de um empreendimento de tamanha importância. A comunicação deve buscar o papel ativo, informando sempre, criando conteúdos e divulgando informações sobre o nível do reservatório, condições e desenvolvendo ferramentas de ação rápida e efetivas para o combate das fake news.

Neste caso do áudio divulgado, não se pode negar nem afirmar que as informações sejam verdadeiras, talvez quando o Ceste se pronunciar, as comunidades saberão por iniciativa própria a real condição do Rio e da usina.

O que parece é que existe uma resistência do Ceste em moldar sua comunicação, sob pena de continuar não atingindo os anseios da sociedade. Claro que toda fake news é reprovável, mas como saber se realmente é uma fake news se o Ceste faz questão de viver na idade do impresso.

Se faz necessário mudar esta visão atrasada desenvolvida pelo Ceste, afinal, lidar com vidas merece maior agilidade e empenho, abrangência e popularidade, não e admissível que o consórcio tenha uma visão antiga onde a população sequer compreenda textos enormes ao invés de conteúdos multimídia ou boletins informativos.

Fonte: Redação do Tocnoticias

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