Idoso ainda ameaçava a vítima a fim de assegurar a impunidade de seus crimes.
A Policia Civil do Tocantins, por intermédio da Delegacia Especializada em Investigações Criminais (DEIC), Núcleo Sul, de Gurupi, com apoio da Delegacia de Peixe, efetuou, nesta quarta-feira (8), a prisão de um homem de inicias A.A.C, de 67 anos. Ele é suspeito de reiterados estupros contra sua filha durante um período de mais de 10 anos e foi capturado, mediante cumprimento a mandado de prisão preventiva, oriundo da Comarca de Uberlândia-MG.
A ação policial foi deflagrada após trocas de informações com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), de Minas Gerais, que apontaram que o autor havia fugido para a região Sul do Tocantins. Buscas e diligências da Polícia Civil do Tocantins levaram ao paradeiro do idoso, que estava residindo em uma propriedade na zona rural de Peixe, há cerca de três meses.
Após os procedimentos legais cabíveis, A.A.C foi recolhido à Casa de Prisão Provisória de Gurupi, onde permanecerá à disposição do Poder Judiciário da Comarca de Uberlândia, cidade para onde deve ser recambiado, em breve.
OS ABUSOS
Segundo provas colhidas em juízo, os estupros começaram em Uberlândia-MG e aconteciam em viagens entre pai e filha, como uma a Florianópolis, na qual um quarto com apenas uma cama de casal foi alugado. Nessas ocasiões, a mãe nunca estava presente, uma vez que o trabalho não permitia. Os abusos incluíam conjunção carnal e outras práticas sexuais.
Segundo o relatado, A.A.C mantinha a filha sob ameaças para que ela não o denunciasse à Polícia. Além de ameaças à jovem, o acusado fazia promessas de que mataria a mãe dela e depois se suicidaria, deixando-a sozinha. Ele também manuseava armas como forma de coação à jovem.
Apenas aos 21 anos, a vítima conseguiu contar à mãe o que se passou durante os anos de abusos sofridos, após um período de tratamento com equipe médica e psicólogos. Ela chegou a gravar ligações por conta própria e mandar e-mail para o pai perguntando o porquê dos estupros por tanto tempo. Ele teria dito que aquilo era algo que não teria explicação e que não era assunto para ser conversado por telefone ou e-mail.