Guedes admitiu a necessidade de rever a dedução de educação e saúde no Imposto de Renda.
Em audiência na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional nesta terça-feira (14), a senadora Kátia Abreu (PDT-TO) questionou o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre as alternativas para superar a crise econômica além da reforma da previdência. A parlamentar falou sobre a necessidade de correção da tabela do Imposto de Renda e reforçou a importância de uma reforma tributária.
“Deixar de corrigir a tabela do Imposto de Renda é aumentar os impostos para a população brasileira”, disse Kátia. O ministro concordou com a posição da senadora dizendo que “toda vez que não se atualiza a tabela, aumentam os impostos”.
Kátia Abreu também alertou para a urgência em se rever as deduções (descontos) na declaração do IR em gastos com saúde e educação.
“O senhor não acha que a dedução com saúde e educação no Imposto de Renda é socialmente injusta? Nós gastamos no ano passado R$ 108 bilhões com toda a rede SUS, com as pessoas mais pobres. E aqueles que estudam em escola privada, consultam-se nos melhores hospitais tiveram dedução de R$ 20 bilhões. Não conheço esse mecanismo em nenhum lugar do mundo”, disse.
Comércio exterior
Kátia Abreu lembrou que o Brasil é um dos países mais fechados do mundo em termos de comércio exterior. "O fluxo exterior atualmente representa 25% do PIB, quando, na avaliação da senadora, deveria estar em pelo menos 40%. Essa única mudança representaria aumento anual do PIB em pelo menos 1%", disse.
“Como representante da agropecuária, fico angustiada por ainda não ter visto um planejamento por parte do Itamaraty e do Ministério da Economia para chegarmos a 40% das nossas transações comerciais”, criticou.