Acatando as teses de acusação do Ministério Público do Tocantins (MPTO), os integrantes Tribunal do Júri condenaram os lavradores Edson da Silva Rodrigues e Edival de Souza Silva pelo homicídio do adolescente Antônio da Silva Sousa.
A pena atribuída a cada réu foi de 16 anos e 06 meses de prisão. O crime ocorreu em 27 de fevereiro de 2009, na zona rural de Augustinópolis, em uma pescaria, na qual a vítima compareceu a convite dos autores.
A acusação foi sustentada pelo promotor de Justiça Paulo Sérgio Ferreira de Almeida, que alegou que o crime foi cometido com o agravante (qualificadora) de dissimulação por parte dos réus.
No local da pescaria, os autores desferiram um golpe de arma branca contra Antônio da Silva Sousa, que atingiu a região do seu tórax, próximo ao peito esquerdo. A vítima ainda tentou fugir, andando por cerca de 15 metros, mas não resistiu ao ferimento e caiu no chão, já sem vida.
Na manhã do seguinte, Edival chegou a ir à casa da mãe do adolescente, perguntando se ele havia retornado e dizendo que Antônio da Silva Sousa tinha se afastado do grupo para caçar passarinho. A mãe desconfiou, por Edival aparentar nervosismo, e saiu para procurar o filho, encontrando-o morto no lote onde havia ido pescar na companhia de Edson e Edival.
Inicialmente, os réus alegaram que a vítima teria morrido por acidente, mas, após a perícia técnica, a sua defesa passou a sustentar a negativa de autoria por parte dos acusados.
"A qualidade do laudo feito pela perícia técnica do Tocantins foi essencial para comprovação da tese do Ministério Público. O laudo pericial foi elaborado com brilhantismo pelos peritos", avaliou o promotor de Justiça Paulo Sérgio Ferreira de Almeida.