Dialogar com a criança e dar o exemplo são passos importantes para incentivar o uso correto da proteção. Vacinar as crianças com as duas doses também é fundamental.
Com o avanço da vacinação em crianças de 5 a 11 anos no Brasil, pais podem se questionar se já poderiam abrir mão do uso da máscara. Especialistas, porém, dizem que ainda não é hora e que decisão tem que partir de autoridades sanitárias.
De acordo com dados do consórcio de veículos de imprensa divulgados na quinta-feira (17), 32,89% da população de 5 a 11 anos já se vacinou com a primeira dose da vacina. Salvador, uma das capitais com a vacinação infantil mais adiantada, começa a aplicar a segunda dose em crianças a partir dos 6 anos neste sábado (19).
Pedrosa diz que essas crianças devem continuar usando a máscara, que só deve ser abolida por decisão das autoridades competentes.
É preciso estar atento para que o uso da proteção não cause incômodo, de acordo com a infectologista.
"A máscara pode incomodar se não estiver bem ajustada ao rosto. Ela não precisa estar apertada ao ponto de machucar, mas precisa vedar bem e respeitar o limite do rosto da criança. Máscaras de tecido podem muitas vezes incomodar pela flexibilidade do material, que encosta na narina ao inspirar". Modelos como a PFF2 e a N95 têm um material mais firme e podem ajudar nestes casos.
Para Pedrosa, esses cuidados são necessários para facilitar o uso da proteção, que ainda é indispensável. "Ainda não estamos no momento de tornar optativo o uso da máscara. A variante Ômicron está se espalhando e a máscara continua sendo nosso maior meio de proteção contra a Covid".
O uso de máscara só pode ser dispensado em casos específicos, avaliados por médicos, como de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), com deficiência intelectual, com deficiências sensoriais ou outras deficiências que as impeçam de fazer o uso adequado de máscara de proteção, entre outros.
Pedrosa opina que, mesmo com o esquema vacinal completo, a decisão de abolir a obrigatoriedade do uso da máscara só deve ser tomada por autoridades.
Ela defende que crianças não deveriam ver a máscara como algo ruim e que os pais podem evitar isso.
"É preciso conversar com as crianças e explicar o que está acontecendo, que a Covid está deixando muita gente doente e que é preciso manter alguns cuidados contra a doença. A vacina é um deles, assim como a máscara. Por isso, até a situação melhorar, não dá para ver a máscara como inimiga".
Para o infectologista Luís Felipe Silveira, a máscara precisa ser encarada como uma aliada da saúde que pode passar a fazer parte do dia a dia, como já acontece no Japão. "Não é que não vamos sair dessa situação de pandemia -- se todos se vacinarem e usarem máscara pelo tempo necessário, sairemos --, mas a máscara pode proteger em situações que consideramos cotidianas, como quando estamos gripados ou mesmo com uma crise alérgica. Isso ajuda a não espalhar vírus e germes para outras pessoas".
Sobre o momento atual, o profissional concorda que não é hora de dispensar o uso da máscara. "Antes [de deixar de usar a máscara] precisamos controlar o surgimento de novas variantes e a dispersão das que já existem, e isso só vai ser possível seguindo as recomendações já estabelecidas tomando as duas doses da vacina".
Os pais podem estimular o uso correto da máscara, de acordo com o psicólogo infantil Estevão Araújo. "Crianças refletem o que veem em casa, o que ouvem dos adultos. É importante que elas tenham um bom exemplo, que saibam que a máscara deve cobrir o nariz e a boca e que o uso é necessário para que elas possam voltar a brincar com os amigos".
Araújo orienta que os responsáveis sejam empáticos. "Se para os adultos foi difícil se acostumar com a máscara, foi ainda mais para as crianças, que correm, brincam, se abraçam com muita frequência. Mas é um item necessário para a proteção nesse momento. Assim como usamos sapatos para evitar que nossos pés se machuquem, precisamos usar máscara para evitar essa doença", explica.
Outros cuidados
Além do uso da máscara, outros cuidados também devem ser mantidos no ambiente escolar, como manter o distanciamento e fazer a higienização das mãos.
Também é importante que as salas de aula sejam ventiladas e que o esquema vacinal com a dose de reforço seja completo o quanto antes.
Raeulan Barbosa é um profissional inovador na área da educação infantil, com ênfase no uso das mais recentes tecnologias em sala de aula. Possui um conhecimento avançado e experiência em diversas plataformas e programas educacionais do MEC, incluindo SIMEC, SIGARP, SIGECON, PDDE, PDDEWEB, PDDE Interativo e FNDE Habilita.
Além disso, possui métodos estratégicos para a captação de recursos financeiros para redes municipais de educação.
Atualmente, é professor efetivo na Rede Municipal de Ensino de Tocantinópolis.
Raeulan é servidor público municipal há 15 anos. Ele trabalhou como Gerente de Informática de 2004 a 2010, atuou como professor de Ensino Fundamental de 2011 a 2016, desempenhou a função de Supervisor Pedagógico em 2017 e 2018, e ocupou o cargo de Secretário Municipal de Educação de Tocantinópolis nos anos de 2019 e 2020. Como Secretário de Educação, ele elevou o IDEB do Ensino Fundamental, Anos Iniciais, fazendo com que a cidade alcançasse o primeiro lugar em toda a região do Bico do Papagaio. Raeulan deixou o cargo de Secretário de Educação em fevereiro de 2021.
Concluiu sua graduação em Normal Superior pela Universidade do Tocantins - UNITINS (2005/2008) e obteve especialização em Coordenação Pedagógica pela Universidade Federal do Tocantins - UFT (2015/2016). Possui também especialização em Gestão Educacional e Projetos pela Faculdade Estratego (2023/2024) e formação técnica em Serviços Públicos pelo Instituto Federal do Tocantins - IFTO (2015/2016). Atualmente, Raeulan está cursando especialização em Comunicação e Marketing Digital na Faculdade Estratego.
Além dessas credenciais, participou de diversos cursos na área educacional e administrativa, sendo dignos de destaque o Curso de Extensão e Aperfeiçoamento em Gestão para Educação Municipal - GEM e o Curso de Aperfeiçoamento em Conselho Escolar, ambos concluídos na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).