• Twitter
  • Facebook
  • Youtube

TOCNOTÍCIAS

Vocês Fazem a Notícia, Nós Apenas Divulgamos!

Crônicas da Enchente de 2021/2022 em Tocantinópolis

Data do post: 11/01/2022 12:59:48   Imprimir  -  Compartilhar

 Foto do instagram @rafaelocruz82O Rio Tocantins continua avançando sobre as suas margens tanto no lado Tocantinense, como também no lado Maranhense “Porto Franco-MA”.

Duas fotos tiradas na Rua Goiás, que fica bem próxima do córrego Lajinha num espaço de apenas dois dias, mostram bem a rapidez com que as águas do rio têm subido rápido.

Nesta primeira imagem, temos a Rua Goiás no sábado dia 08 de janeiro, que mostra um veículo transitando no sentido Centro ao Bairro Alto Bonito quando a água havia começado a invasão da rua pavimentada com cimentos.

Nesta data se passava tranquilamente sem risco algum, porém, apenas dois dias depois, já na segunda-feira 10 de janeiro, a história já era completamente diferente. As lagoas que ficam nas laterais desse trecho da rua foram invadidas pelo Rio e alcançaram os quintais das casas da Rua Couto Magalhães, trazendo consigo um mau cheiro insuportável de esgoto, já que há anos, sem que nenhuma autoridade sanitária ou política resolva o problema do esgoto que cai no córrego Lajinha e inevitavelmente é despejado também no Rio Tocantins, e agora com as cheias, fica misturado com a água que forma os lagos da enchente.

Foto do instagram @tocnoticiasAs margens são um território de transição: não pertencem nem a terra, nem às águas. Elas são um domínio à parte, que nos revelam a passagem do Tempo em ciclos repetitivos, cuja transformação periódica faz parte da cultura ribeirinha.

Um exemplo dessa interação entre o ser humano e a Natureza são as plantações de vazante. Aproveitando as terras fertilizadas pelos sedimentos do Rio, os ribeirinhos plantam nas margens depois que o Tocantins recua. A colheita geralmente é farta e satisfatória. Os moradores à montante da UHE Estreito não podem mais vivenciar essa experiência.

A plantação em vazante é um dos exemplos de uso de áreas que deveriam ser de proteção permanente, mas que até pouco tempo eram essenciais para a subsistência das famílias ribeirinhas.

Fonte: Do instagram @rafaelocruz82

Veja também