A empresa PIPES Empreendimentos LTDA foi contratada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para garantir a travessia de passageiros e veículos entre Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO) após a queda da ponte Juscelino Kubitschek, uma tragédia que abalou a região no dia 22 de dezembro de 2024, deixando 14 mortos e três desaparecidos. O contrato, avaliado em R$ 6,4 milhões, terá duração de um ano, com a empresa recebendo R$ 17.791,67 por dia de serviço.
A Situação Após a Tragédia
A ponte Juscelino Kubitschek era uma ligação crucial entre os estados do Maranhão e Tocantins, sustentando o comércio e o trânsito entre as duas regiões. Sua queda interrompeu o fluxo de mercadorias e mobilidade, causando impactos econômicos significativos. Para mitigar os danos, o DNIT optou por contratar a PIPES, uma das líderes nacionais em travessias de balsas, para implementar uma solução temporária e assegurar a continuidade do tráfego entre os estados.
Os Desafios da Operação
Embora as balsas contratadas já tenham sido entregues ao local, o início das operações está atrasado. Isso ocorre devido à necessidade de concluir as obras de acesso às margens do rio e cumprir exigências estabelecidas pela Marinha. A Capitania Fluvial do Araguaia Tocantins, responsável por autorizar a operação, informou que a empresa PIPES ainda não entregou toda a documentação necessária para o início dos serviços.
Os trâmites estão sendo tratados como prioridade, e no dia 3 de janeiro, foram realizados testes com uma balsa destinada à travessia de pedestres. No entanto, a falta de regularização da documentação e o andamento das obras de infraestrutura ainda impedem o início completo das operações.
Impacto Econômico e Expectativas
O contrato prevê que a PIPES inicie seus serviços imediatamente após a conclusão das etapas pendentes, incluindo ajustes técnicos e validações. O custo mensal de R$ 533.750,16 será bancado para garantir que a travessia opere em regime de urgência, buscando minimizar os prejuízos para a população e o comércio local.
Com a ponte fora de operação, os municípios de Estreito e Aguiarnópolis enfrentam desafios econômicos significativos. O restabelecimento do fluxo de pessoas e mercadorias é essencial para reativar a economia regional e retomar a normalidade nas relações comerciais entre Tocantins e Maranhão.
Um Ano de Solução Temporária
O contrato com a PIPES terá validade de um ano a partir da data do acidente. Durante esse período, a expectativa é de que uma solução definitiva para a ligação entre os estados seja desenvolvida, seja por meio da construção de uma nova ponte ou de outra infraestrutura permanente.
Enquanto isso, a travessia de balsas se apresenta como a única alternativa viável para manter a conexão entre as margens do rio Tocantins. A região aguarda ansiosamente pelo início das operações, que promete aliviar a situação de moradores, comerciantes e viajantes dependentes dessa rota essencial.