Pelo menos duas pessoas foram assassinadas na capital; polícia acredita que casos não têm ligações. Outras quatro ficaram feridas e foram atendidas na Unidade de Pronto Atendimento Sul, na capital.
Pelo menos duas pessoas morreram e quatro ficaram feridas após tiroteios registrados na noite deste domingo (21) e madrugada desta segunda-feira (22), em Palmas.
Segundo o comandante do 6º Batalhão da PM, tenente-coronel Ricardo Apolinário, dois casos foram registrados no setor Morada do Sol, com poucos minutos de diferença e em regiões próximas. Mas a suspeita é de que os homicídios não tenham ligação.
No primeiro deles, um carro de cor branca passou atirando e atingiu um homem, ainda não identificado. A vítima não tinha passagens pela polícia.
"É uma situação que precisa ser investigada, mas tem característica de execução mesmo, pode ter ligação com o crime ou não. Isso está sendo apurado. Nosso pessoal está levantando para subsidiar mais informações", explicou.
No segundo caso, um homem que trafegava de moto passou por uma rua e atirou várias vezes, de acordo com o comandante. Um homem morreu e três pessoas ficaram feridas. A polícia acredita que esse crime não esteja relacionado com guerra entre facções. As vítimas foram atendidas na UPA Sul, sendo que uma delas precisou ser encaminhada para o Hospital Geral de Palmas.
O terceiro caso aconteceu na antiga quadra 1.303 Sul. Um homem ficou gravemente ferido ao ser atingido por golpes de faca. Não há detalhes sobre o crime e quem é a vítima.
Mensagens de supostos membros de facções
As mortes foram registradas após moradores receberem mensagens em grupos de aplicativo. No texto, supostos membros de facção pediam para que os moradores do setor Lago Sul e Janaína não saíssem de casa depois das 20h.
"Estamos no momento de guerra muito intensa para até mesmo não acontecer nada com a população, para não vir acertar nenhum inocente. Muito cuidado que a guerra explodiu de novo", dizia o texto.
Outra mensagem informava que várias pessoas teriam sido atingidas durante brigas entre facções, inclusive uma grávida.
O comandante do 6º Batalhão informou que ainda é cedo para afirmar de onde as mensagens partiram.
"Não se sabe se é o PCC, pode ser jovens fazendo trotes, pode ser qualquer coisa. Não tem essa informação. Os índices [de morte] realmente aumentaram, estavam baixando, nós intensificamos policiamento e ontem teve esse pico. Um dos crimes talvez esteja ligado com o crime", enfatizou.
