Miranda já foi deputado estadual por três mandatos além de ocupar o cargo de presidente da AL por duas vezes. Marcelo carrega ainda em sua bagagem três mandatos de Governador do Estado do Tocantins, com duas cassações, por conta da ultima, ele foi impedido de assumir o cargo de Senador, vaga conquistada na eleição de 2010.
Os conchavos políticos para a disputa eleitoral no Tocantins estão se fechando. O ex-governador Marcelo Miranda desistiu da sua pré-candidatura ao Senado Federal e anunciou que vai disputar uma vaga na Assembleia Legislativa, ou seja, voltar a galgar o cargo de deputado estadual nas eleições de 02 de outubro.
Um acordo político foi fechado entre o PL, MDB, União Brasil e PODEMOS, numa reunião que aconteceu na ultima terça-feira (14/06), em Brasília. Participaram da reunião: Marcelo Miranda, do MDB; deputado federal Tiago Dimas, do Podemos; senador Eduardo Gomes, do PL; e Dorinha, do UB.
Como não irá mais disputar o cargo ao senado, MM declarou apoio à deputada federal Dorinha Seabra (UB) que agora busca o cargo de senadora, no lugar de Kátia Abreu (PP) que também estará na disputa pela reeleição. O MDB confirmou que a sigla dará suporte a campanha de Ronaldo Dimas (PL), pré-candidato a governador.
DULCE MIRANDA
Como muitos especulavam a esposa do ex-governador Marcelo Miranda, deputada federal Dulce Miranda não será vice de Dimas, Dulce vai buscar o seu terceiro mandato como deputada federal.
LEGADO DE MARCELO MIRANDA NA POLÍTICA
Herdeiro do capital eleitoral da família Miranda, Marcelo é Filho de Brito Miranda, que foi parlamentar e figura proeminente na Assembleia de Goiás quando o estado ainda incluía o território de Tocantins, ele se elegeu Deputado estadual por três vezes, (1990, 1994 e 1998). Marcelo foi por duas vezes seguidas presidente da Assembleia (1999-2002), e depois governador eleito por três vezes. No meio do segundo mandato, no entanto, Miranda foi alvo de uma denúncia de fraude por parte de seu adversário no estado, Siqueira Campos.
Acusados de utilizar programas sociais com a finalidade de distribuir recursos a eleitores — e assim interferir no resultado do pleito que o elegeu —, Marcelo Miranda e seu vice, Paulo Sidnei, acabaram cassados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2009.
Além de perder o mandato, Miranda ficou inelegível por oito anos devido à cassação, o que o fez perder o direito a uma cadeira no Senado conquistada nas eleições de 2010. O político, no entanto, voltou a se lançar ao governo do estado já em 2014 e teve a candidatura acatada pelo TSE.
Eleito pela terceira vez, o governador foi novamente impedido de terminar o mandato sob a acusação de irregularidades. Em março de 2018, o TSE votou pela cassação dos mandatos de Miranda e sua vice, Cláudia Lélis (PV), por arrecadação ilícita de recursos para a campanha.
DE OLHO NO GOVERNO?
Entre renúncias e afastamentos, o Estado do Tocantins não vê um governador completar o mandato há nada menos que 15 anos. Quatro mandatos não foram concluídos, sendo que três deles foram interrompidos após acusação de fraude. Como o caminho mais rápido para se chegar ao cargo de Governador está sendo a presidência da Assembleia, a radio peão especula que Marcelo Miranda esteja de olho nesse caminho curto e teoricamente com menos votos para voltar ao cargo máximo do Estado.
Segundo alguns imaginam, MM se elegeria Deputado Estadual, se elegeria presidente da AL, e só aguardaria a queda de mais um governador para assumir o trono mais uma vez.