O Governo do Tocantins protocolou na Assembleia Legislativa (AL) o Projeto de Lei (PL) nº 3/2019. O texto dispõe sobre a realização obrigatória da oximetria de pulso, conhecida também como teste do coraçãozinho, em bebês recém-nascidos nas maternidades e hospitais públicos estaduais.
Idealizado e proposto originalmente pela deputada estadual Valderez Castelo Branco (Progressistas) o PL busca assegurar um diagnóstico precoce, na intenção de verificar cardiopatias ou alterações congênitas, sendo eficiente para indicar anomalias em 75% dos casos. Segundo a proposta, o exame será realizado por profissionais habilitados e treinados, preferencialmente por um médico pediatra ou um enfermeiro inscrito no Conselho Regional de Enfermagem. “O teste do coraçãozinho é um exame indolor e rápido feito nas primeiras 48 horas do nascimento da criança na própria maternidade. Quanto mais cedo se descobre, mais chances de vida terá o bebê”, declarou a parlamentar.
No ano de 2012, a vigilante, Luana Bento e Silva, perdeu seu filho de quase dois anos, após travar uma longa batalha contra uma cardiopatia tardiamente detectada. “Depois dessa experiência entrei em depressão e demorei anos para me recuperar”, conta. Para ela, a vida da criança é prioridade. “O exame preventivo oferece a oportunidade das famílias serem assistidas de maneira adequada no nascimento do bebê e é fundamental para que elas não passem o que eu passei”, concluiu.
Urgência
De acordo com o perfil clínico-hospitalar de crianças com cardiopatia congênita, de 8 a 10 em cada mil nascidos vivos apresentam anomalias cardíacas funcionais e estruturais. O teste do coraçãozinho contribui para o diagnóstico precoce deste quadro. Por causa de sua importância, a tramitação da matéria foi pedida em regime de urgência, devendo ser votada em breve.
