Na noite desta segunda (30), os dois suspeitos detidos em Minas prestavam depoimento na Delegacia de Frutal. A delegada Débora disse ter registrado autos de prisão em flagrante contra os suspeitos. Apesar de ter se passado mais de 24 horas após as mortes, ela alega que o crime ainda estava em estado de "perseguição", e, nesse tipo de caso, o flagrante pode ser efetuado.
Além dos dois suspeitos em Frutal, investigadores goianos prenderam um homem em Doverlândia, nesta segunda (30), segundo a delegada geral da Polícia Civil do estado, Adriana Accorsi. Um quarto envolvido estaria foragido.
Confissão
De acordo com o delegado de Iporá, município próximo a Doverlândia, Vinícius Batista da Silva, a pessoa detida confirmou participação nas mortes. A polícia descartou a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte).
Uma força-tarefa envolvendo as polícias Civil e Militar trabalha na elucidação do caso, mas a delegada prefere não dar detalhes do crime. "Já temos uma noção do que aconteceu, mas é importante não divulgar a motivação para não atrapalhar as demais prisões que estão para acontecer", disse a delegada .
Sepultamento
Quatro vítimas foram enterradas nesta segunda-feira (30), na cidade de Rio Verde, no sudoeste goiano. O grupo tinha ido visitar um amigo em uma fazenda quando foi surpreendido e morto.
Três dessas pessoas eram da mesma família: um homem de 61 anos, que era amigo do dono da fazenda invadida; a mulher dele, de 65 anos; e o filho do casal de 22 anos. O jovem tinha uma noiva, de 24 anos, que também foi assassinada.
Os outros três corpos foram levados para Minas Gerais. O do dono da fazenda, Lázaro Oliveira, de 57 anos, o filho dele, Leopoldo Rocha Costa, de 28, foram enterrados em Frutal. O vaqueiro Heli Francisco da Silva, de 34 anos, em Campina Verde.
O delegado do município de Iporá, Vinícius Batista da Silva, que atendeu o caso das sete mortes no plantão deste fim de semana, disse que os criminosos agiram com muita crueldade, degolando as sete vítimas. Durante as diligências, os investigadores encontraram vestígios dos criminosos.
“A gente já tem algumas digitais colhidas, pois pelo menos um dos homicidas utilizou um copo depois de cometer o crime, já com a mão suja de sangue. A gente colheu algumas digitais e nós vamos [de Iporá para Doverlândia] com uma equipe maior para poder pegar mais detalhes nas redondezas da sede”, explicou o delegado.
G1