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“As mulheres da Arena” Tocantinopolina se Destaca Entre os Trabalhadores e Trabalhadoras na Construção do Estádio em Pernambuco

Data do post: 30/11/2011 13:10:29 - Visualizações: (1990)

Apesar de pequena, presença feminina na obra em São Lourenço é marcante, em especial nas engenharias, onde uma tocantinopolina se destaca entre os trabalhadores e trabalhadoras na construção do estádio.

engenheira de segurança e meio ambiente Fabiane Vidal          A história do futebol pernambucano está sendo reescrita com a construção da Arena Pernambuco, projetada para elevar o patamar local em relação à infraestrutura do esporte. À medida em que o concreto vai surgindo no terreno, agora com o contorno do estádio praticamente definido pelas estacas fincadas nos últimos meses, outras histórias vão surgindo e se encontrando. Relatos de quem trabalha nos dois turnos da obra, integrantes de um verdadeiro formigueiro humano. No universo masculino que toma conta da arena, hoje com 1.917 trabalhadores espalhados nos mais diversos segmentos, 55 mulheres se destacam. O número corresponde a apenas 2,87% do efetivo nos52 hectares.

        Na distribuição feminina no canteiro, 18 estão no setor de produção, envolvidas diretamente na mão de obra, enquanto 37 mulheres estão no segmento administrativo instalado em São Lourenço. Nesse universo, o número de engenheiras supera o de engenheiros:9 a8.

        Em sua quinta obra na construtora Odebrecht - que irá operar o estádio, a engenheira de segurança e meio ambiente Fabiane Vidal diz que a presença feminina em obras de grande porte vem aumentando nos últimos anos. “Nesse trabalho eu senti a diferença na construção civil com a presença feminina. Me senti até mais tranqüila, pois a mulher está mesmo começando a dominar qualquer área”, diz Fabiane, que também atuou na Refinaria Abreu e Lima, BR-101 e ferrovia.

       Com o papel de fiscalizar a origem, manipulação e destino de todos materiais da construção, Fabiane reforça o discurso “verde” da obra, desenvolvida consoante com medidas sócio-ambientais, como o uso de energia solar, reaproveitamento de água, soluções de ventilação e tratamento de esgoto. “É uma de nossas preocupações aqui, pois mistura responsabilidade social, meio ambiente e trabalho. Ao chegar, todos os funcionários são submetidos a palestras aqui na obra, se conscientizando do papel que temos que exercer através do processo de integração”, explica Fabiane, de 27 anos, natural de Tocantinópolis - Tocantins.

        Ela divide um apartamento no Recife com uma outra funcionária da obra, de Salvador. A cada 45 dias, uma folguinha no calendário. Sempre utiliza o período para visitar os pais em Tocantinópolis, a 1.600 quilômetrosdo Recife. Uma escala aérea complicada. Ela já precisou de quatro vôos num mesmo dia para chegar em casa, gastando 14 horas de viagem. “Meus pais sentem muita saudade. Eles ainda não têm dimensão dessa obra, mas tem muito orgulho de dizer que a filha está trabalhando na Copa”, afirmou a engenheira, que certa vez, além dos vôos, ainda fez mais um trajeto de 100 quilômetros de carro, somado a uma travessia de balsa. “Adotei Pernambuco como minha segunda casa. Não pretendo mais me mudar, até porque acho que o ritmo de obras não irá parar por causa do crescimento econômico”, completou.

        O foco no trabalho se estende aos outros operários, ainda mais agora com a necessidade de acelerar a obra visando a Copa das Confederações de 2013 - a resposta final da Fifa será em junho do ano que vem. Em 30 de julho do ano passado, quando a obra começou com os tratores retirando as primeiras árvores, eram apenas 18 operários. Em dezembro, segundo a direção da obra, se chegará ao pico do efetivo, com 2.100 trabalhadores. Homens, mulheres, histórias, concreto e futebol.

Fonte: www.superesportes.com.br