Os vereadores reclamam do autoritarismo demonstrado pelo atual presidente Gessimar, que segundo eles informaram, o mesmo havia se irritado com o atual tesoureiro, Marivalton Borges de Carvalho, pelo simples motivo de que Marivalton havia se negado a assinar cheques em branco, sem a devida informação de quem os receberia. “O presidente queria cheque em branco para gastar”. Explicou o vereador Weliton Pereira Lima.
Marivalton por sua vez explicou que se negou a assinar os cheques porque nenhum deles estava “nominal”.
Como o tesoureiro não assinou os talões como queria Gessimar, ele também não fez o pagamento mensal a que tem direito os vereadores, pagamento este que deveria ter sido feito ainda no ultimo dia 18, e não satisfeito, o presidente por conta própria destituiu o tesoureiro e em seu lugar nomeou a secretária Deusa Mendonça. “A Deusa trabalha no controle interno, como ela vai controlar a tesouraria sendo ela mesma a tesoureira?” Disse o vereador Weliton.
Ainda na quarta-feira (23), os vereadores foram chamados pelo presidente e se disseram surpresos ao receberem os cheques com a assinatura da secretária no lugar da de Marivalton e indignados Marivalton, Eliana, Valdonez e Weliton procuraram o Ministério Público em Tocantinópolis para tentar resolver o problema.
Na promotoria os vereadores explicaram a Promotora de Justiça Cynthia Assis de Paula sobre o acontecido e contaram ainda que o ultimo cheque assinado pelo verdadeiro tesoureiro da casa estava nominal a um supermercado da cidade de Tocantinópolis no valor de R$ 500,00 (Quinhentos Reais), mas, que desconheciam a origem dos gastos, e que Marivalton havia questionado com Gessimar a origem da despesa empenhada já que na câmara falta até café, e que o presidente não lhe deu satisfação.
Em declaração à promotoria os quatros vereadores contaram ainda que a câmara não tem assessoria jurídica já que no inicio de suas legislatura havia sido aprovado um convênio com a UVT (União dos Vereadores Tocantinenses) no valor de R$ 350,00 (Trezentos e cinqüenta reais), de acordo com o regimento da casa, no qual neste valor seria incluído a assessoria jurídica da entidade e quê, ao assumir a presidência em 2011 Gessimar Noleto cancelou tal convênio e atualmente paga outro assessor jurídico, um advogado de nome Ubirajara que recebe o valor mensal de R$ 1.300,00 (hum mil e trezentos reais), contrariando a vontade da maioria dos vereadores, pois a assessoria prestada pela UVT por um valor muito menor serviria para todos os vereadores.
Em um desses pagamentos repassados ao advogado contratado o presidente pediu para o tesoureiro que assinasse outro cheque em branco e que Marivalton também havia se negado a assinar, porque não havia sido lhe apresentado cópia do contrato firmado entre a câmara e o advogado.
Durante a manhã desta ultima quinta-feira (24), estivemos na câmara municipal de Nazaré para tentar ouvir o presidente da câmara senhor Gessimar Noleto, porém a única funcionária que estava presente no local nos informou que o mesmo estaria para Tocantinópolis, mas, deixamos aqui o espaço em aberto para o vereador se assim quiser dar suas explicações sobre o caso.
Antes da publicação desta matéria nossa equipe conseguiu contato com um dos vereadores que nos informou que todos já haviam recebido, não se sabe como, receber a liberação dos pagamentos dos cheques mesmo eles estando assinados pela nova tesoureira.
