Em campanha desde o dia 16 deste mês, os postos de saúde de todo o Estado estão à espera das crianças menores de cinco anos até o próximo dia 6. Até agora 14 municípios atingiram a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, mas segundo a coordenadora de imunização da Secretaria da Saúde, Marlene Alves, nada impede que os demais atinjam, uma vez que o prazo ainda não acabou.
“Os municípios que ainda não atingiram, em muitos casos, sofrem com a logística da zona rural e pelas estratégias que às vezes não funcionam como deveriam, mas alertamos aos pais que levem seus filhos para tomar as duas gotinhas, pois elas são fundamentais para a saúde das crianças. A poliomielite pode até matar e quando não, deixa consequências graves”, alerta a coordenadora.
Os municípios que já tingiram as metas no Tocantins são: Abreulândia, Arraias, Chapada da Areia, Figueirópolis, Ipueiras, Monte Santo, Rio da Conceição, Santa Maria do Tocantins, São Félix, Talismã, Brasilândia, Cachoeirinha, Santa Terezinha e Tupiratins.
Ciente do dever de casa, a técnica de enfermagem e assistente social Leonice Aires já levou o pequeno Leonardo, de dois meses, para a tomar a vacina. “Trouxe no primeiro dia porque é uma vantagem que temos em relação às pessoas do passado, que morriam por causa desta doença. Então se temos a vacina oferecida gratuitamente, temos o dever de proteger nossos filhos”, afirmou.
Segunda etapa
Segundo Marlene, o Tocantins aplicará a segunda etapa da vacina contra poliomielite de 18 a 24 de agosto deste ano e, desta vez, as doses serão injetáveis. “Esta é uma forma individual de imunização, uma vez que a da gotinha é coletiva, pois ao falar, há uma troca do vírus entre as pessoas. A injetável já é aplicada em vários países da Europa e nos Estados Unidos, e o Brasil agora aderiu também”, explicou a coordenadora, lembrando que os pais já devem considerar a próxima etapa da campanha como um compromisso.
A doença
Mais conhecida como paralisia infantil, a poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave, causada pelo pólio-vírus que possui três variantes, podendo infectar tanto as crianças ou adultos, por via fecal-oral, e pode provocar ou não paralisia. A doença afeta músculos e nervos, podendo causar a paralisia permanente de qualquer músculo. O vírus começa na garganta ou nos intestinos, podendo atingir o organismo. A partir daí o vírus cai na corrente sanguínea e pode atingir o cérebro. Assim, o vírus causa a paralisia quando ataca o sistema nervoso, destruindo os neurônios motores, ou pode levar a morte se a infecção atingir as células dos centros nervosos que controlam os músculos respiratórios e da deglutição.
Pelo fato da poliomielite ser causada por vírus, não existe um tratamento específico para a doença, sendo absolutamente eficaz a prevenção por vacinação.
Secom/TO
