Há algum tempo atrás se me perguntassem sobre tal situação eu poderia dizer que se tratava de algo muito difícil, mas hoje já percebo e vejo a coisa por outro ângulo, a iniciativa privada está acreditando e investindo no município.
A Tobasa devido ao fato de poder contar com matéria-prima para sua fábrica andar, já se encontra ali há muito tempo, percebe-se a construção de um Shopping e também a indústria de ração da Asa Norte – esta tem sua principal matéria-prima (milho) vindo de outros Estados, neste aspecto vejo uma grande oportunidade de negócios para a agricultura, a pecuária que já empobreceu o solo pode dar lugar a cultura de milho de forma irrigada, levando, a Região a tornar-se um grande celeiro na produção de milho para a fabricação de ração.
Diante do exposto fica perceptível que existe possibilidade de mudanças e avanços, no entanto o poder público precisa fazer o que lhe é cabível, tenho exposto em vários artigos que a cidade de Tocantinópolis precisa sair do isolamento, para tanto coloco que as saídas seriam: construção da chamada ponte da liberdade (Tocantinópolis/Porto Franco), pavimentação do trecho rodoviário de Tocantinópolis passando por Maurilândia e Itaguatins (acredita-se que esse trecho rodoviária em termos e benefícios é muito mais relevante do que, por exemplo, a que liga Wanderlândia a Babaçulândia), a construção de um Hospital de Referência e a ampliação do Campus de Universidade Federal do Tocantins (UFT).
No caso desta última é bom ressaltar que quando do projeto de criação da mesma, o relator de tal projeto colocou que essa Instituição traria benefícios não só para o Estado de Tocantins, mas também para o vizinho Estado do Maranhão, por este ser vizinho daquele, no entanto não se percebeu que o Campus que seria mais enfatizado seria o de Tocantinópolis. Recentemente houve uma acanhada mobilização no sentido da ampliação do Campus de Tocantinópolis com a criação do Curso de Direito, no entanto, alguém da própria UFT teve a infelicidade de frisar que este Campus não comportaria um Curso de Direito, pois estaria em uma região carente (visão capitalista), só que podemos ver a coisa por outro ângulo, pois com a ampliação desse tal campus, com certeza, ter-se-á mão-de-obra muito mais especializada e será um atrativo para outras Instituições Nível Superior e até mesmo melhores colégios. Há de se ressaltar também que com a ampliação da criação aviária na região se poder pensar também tanto na criação dos cursos de Veterinária e Agronomia, este último já pensando na produção de milho irrigado.
A mesma visão recai quanto à construção de um Hospital de Referência, vai trazer profissionais das mais diversas especialidades, estes tenderão a atuar também no setor privado com clinicas particulares o que vai demandar também mais laboratórios e outras especialidades médias.
No que tange a construção da ponte da liberdade e da pavimentação do trecho rodoviário acima mencionado trarão maior fluxo de pessoas para a cidade, com proveniência, de várias outras cidades não só do Tocantins, mas, também dos Estados do Maranhão e do Pará.
Portanto, fica evidente que ainda há necessidade de mais iniciativas por parte do poder público, sobretudo, por se perceber que nenhum Governo de Tocantins trouxe grandes benefícios para Tocantinópolis, basta olhar para a rodovia mais importante de ligação da cidade, esta ainda construída pelo Governo de Goiás, então, está na hora de os políticos, sobretudo, da cidade, darem maior parcela de contribuição neste sentido. Precisa-se que os mesmos deixem suas visões populista e passem para um patamar de ordem mais econômica. Acredita-se também que a UFT terá um grande papel dentro desta ótica.
Por Luiz Dias