Laboratório tinha material suficiente para produzir 1 milhão de comprimidos. Seis suspeitos foram presos e oito carros de luxo apreendidos pela polícia.
Seis pessoas foram presas na madrugada desta segunda-feira (18) suspeitas de integrar uma quadrilha especializada na fabricação e venda de ecstasy, em Goiânia. De acordo com a Polícia Federal, o laboratório tinha material suficiente para produzir mais de 1 milhão de comprimidos, que seriam vendidos em Goiás, Minas Gerais, Tocantins, Bahia e São Paulo. “Eles tinham recebido os produtos no fim de semana e essa fabricação seria iniciada hoje”, explicou o delegado Bruno Gama.
A prisão foi realizada pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar, em parceria com a PF. Uma equipe localizou um suspeito em um laboratório no Residencial Solar Bougainville, onde seriam feitas as embalagens dos entorpecentes. O suspeito indicou que o ecstasy seria produzido em uma chácara em Bela Vista de Goiás.
No local, os policiais prenderam os demais envolvidos e encontraram 80 kg de cafeína e 15 kg de clobenzorex, substâncias usadas na fabricação da droga, além de equipamentos como prensas e balanças de precisão, e oito carros de luxo.
“Esses produtos químicos foram trazidos do Paraguai e resultariam no ecstasy genérico. O que chama a atenção nesse caso é que os suspeitos deixaram de trazer a droga pronta para o estado e decidiram fabricá-la aqui mesmo”, destacou Gama.
Investigação
Segundo o delegado, o grupo era investigado há cerca de um ano. “Integrantes desse mesmo grupo já foram presos em novembro do ano passado, quando foram apreendidos 640 mil comprimidos em um laboratório. As investigações prosseguiram e chegamos aos demais integrantes”, contou.
O homem apontado como líder da quadrilha é Creginaldo Fagundes Soares, de 50 anos, está entre os presos nesta madrugada. Segundo a PF, ele confessou o crime. “Ele disse que agia na produção de entorpecentes há mais ou menos 1 ano e meio. Sempre que existia a suspeita de que o laboratório estava sendo rastreado pela polícia, ele mudava de local para despistar. O poderio financeiro desse grupo era muito grande, pois eles vendiam cada comprimido a preços entre R$ 30 e R$ 40”.
Os demais presos são homens que davam apoio à fabricação do ecstasy e o dono da chácara em Bela Vista. “Esse proprietário disse que tinha alugado o local, mas temos informações da participação efetiva dele no esquema”, disse Gama.
A PF ainda procura por mais um suspeito, que é de São Paulo, que estava em Goiânia para auxiliar na fabricação e na venda dos entorpecentes. “Esse homem segue foragido e estamos e estamos no encalço dele”.
Os presos foram autuados em flagrante por tráfico de drogas, associação ao tráfico e posse de produtos químicos destinados ao tráfico de drogas. Eles permaneciam na sede da PF na manhã desta segunda-feira e seriam encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) para o exame de corpo de delito.
