Segundo PM, prática tem sido comum entre traficantes que atuam na capital. Autoridades dizem que intensificaram as abordagens para coibir os crimes.
A Polícia Militar diz que os traficantes estão usando táxis para fazer o transporte de drogas em Goiânia. No último sábado (30), um homem foi preso com pasta base de cocaína, maconha e crack na bagagem. Ao ser abordado, no Terminal Rodoviário da capital, ele disse que pretendia seguir de ônibus até a Bahia, onde faria a entrega dos entorpecentes.
Também no último fim de semana, dois jovens foram presos em um táxi com três malas cheias de maconha. Eles confessaram à PM que pretendiam seguir viagem do terminal até o Tocantins.
De acordo com o Sindicato dos Taxistas de Goiás, apenas no Terminal Rodoviário de Goiânia, são realizadas mais de 500 viagens diárias. Com isso, segundo o órgão, apenas uma fiscalização pode ajudar a evitar que os táxis sejam usados nos crimes. "É a fiscalização que coíbe que os taxistas fiquem refém desta situação de estar transportando objetos roubados, droga, tudo”, destacou o presidente da entidade, Silone Pacheco.
Em nota, o Terminal Rodoviário de Goiânia informou "que a vistoria de bagagem é atividade da Polícia Militar, mas isso acontece quando há uma denúncia ou pessoa suspeita. Os casos são encaminhados ao posto da PM que funciona dentro da rodoviária".
Já a Polícia Militar destacou que tem intensificado as abordagens aos táxis e pede que os profissionais colaborem, parando nas blitz.
Disfarce
A Polícia Civil diz que os criminosos costumavam usar motocicletas para fazer o transporte das drogas. No entanto, eles viram nos táxis uma maneira mais fácil de se disfarçar e não levantar suspeitas. “O mototáxi, por levar duas pessoas, já é suspeito, então, é abordado com facilidade. Já o táxi não tem essa fiscalização tão intensa e estava acima de qualquer suspeita”, disse o delegado Glênio Ricardo Alves.
Segundo ele, existem alguns sinais que o taxista pode se atentar para evitar transportar cargas ilegais. "Tem algumas precauções que podem ser tomadas, como desconfiar daqueles passageiros que querem apenas despachar as malas e não ir junto", destacou o delegado.