Ela conheceu ex em cadeia após ser condenada por mandar matar homem. Sem aceitar fim do relacionamento com preso, ela matou a mãe dele, em GO.
A Polícia Civil apresentou nesta quarta-feira (3) uma mulher suspeita de matar a mãe do ex-namorado por não aceitar o fim do relacionamento, em Goiânia. Após o homicídio, no último dia 11 de abril, Rita de Cássia Neris, de 43 anos, deixou um recado na parede da casa onde o corpo foi encontrado, na Vila Americano do Brasil, destacando os motivos do crime. Segundo a polícia, a mulher já foi condenada por mandar matar um fisioterapeuta que se recusou a namorar com ela e matou a ex-sogra enquanto cumpria o regime aberto.
Rita conheceu o ex-namorado quando os dois trabalhavam dentro do Complexo Penitenciário Odenir Guimarães, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Ela cumpria pena de 11 anos pelo homicídio do fisioterapeuta e ele, por latrocínio - o tempo da pena dele não foi divulgada.
Segundo a delegada responsável pelo caso, Myrian Vidal, Rita e o detento começaram a namorar dentro do presídio. “Em agosto do ano passado, ela [Rita] passou para o regime aberto e ele continuou no fechado. Entretanto, o preso voltou a namorar uma jovem que ele já tinha mantido relacionamento antes de ser preso. Com isso, ele suspendeu a autorização da Rita para visitá-lo”, disse.
Revoltada com a atitude do detento, Rita decidiu matar a mãe do ex-namorado, Márcia Caetano, de 53 anos, segundo a polícia. “O crime aconteceu no dia 11 de abril, data do aniversário da autora. A ex-sogra foi levar um presente para a Rita na casa dela, na Vila Americano do Brasil, e acabou sendo morta”, disse a delegada.
O crime
Myrian informou que, após a vítima entrar na casa, Rita jogou óleo quente na cara dela, a amarrou, pegou um saco plástico e a asfixiou. No corpo, foi deixado uma cópia da autorização de entrada no presídio da atual namorada do detento.
Por fim, Rita deixou um recado escrito com batom na parede da casa. A mensagem dizia que toda vez que o ex olhasse para a atual namorada, era para que ele lembrasse que a mãe dele morreu por ter terminado com ela. “Nunca mais brinca com os sentimentos de mulher nenhuma (sic)”, disse no recado.
Rita estava foragida desde a data do crime e foi presa no dia 1º deste mês, em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. “Ela fugiu para o Pará logo depois do crime, onde ficou escondida. Depois de um tempo, ela voltou para o estado e conseguimos prendê-la em casa de parentes”, disse a delegada.
Na delegacia, ela confessou o crime. "A única coisa que tenho a dizer é que não tive ajuda de ninguém, fiz tudo sozinha. Na minha família, só quem não presta sou eu, tanto que eles viraram as costas para mim", disse Rita.
A mulher está presa na Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH). Ela será indiciada por homicídio e, se condenada, pode pegar pena de 12 a 30 anos de prisão.
