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'Pensei que Ia Morrer', Diz Estudante Grávida que Sumiu com o Ex em Goiás

Data do post: 11/06/2015 18:10:25 - Visualizações: (886)

Encontrada quase 2 dias depois, ela conta que caminhou por cerca de 40h. Jovem foi levada por ex-namorado após sair da faculdade; ele segue preso.

G1 GoiásA estudante de direito Nathálya Lorranny de Araújo Santos, de 23 anos, disse que temeu por sua vida após ficar quase dois dias desaparecida com o ex-namorado. Grávida de dois meses, ela foi localizada em uma mercearia de Turvânia, na região central de Goiás, na noite de quarta-feira (10). "Pensei que ia morrer, que o pior ia acontecer. Mas nunca perdi a fé que seria encontrada", disse. Tanto ela quanto o bebê passam bem.

A jovem conta que chegou a morar junto com o suspeito, que é pai da criança que ela espera, na casa dos pais dela. Porém, eles terminaram o relacionamento há pouco mais de uma semana e, no último sábado (6), ela chegou a registrar um boletim de ocorrência contra ele por agressão. No entanto, na última segunda-feira (8), ele foi até faculdade onde ela estuda, em São Luís de Montes Belos, para que eles pudessem conversar.

"Quando estava saindo, dei de cara com ele dizendo que queria falar comigo. Avisei que não iria conversar e então ele me pediu um carona até Firminópolis, onde a gente mora. Resolvi levá-lo, mas por precaução, pedi que um colega fosse nos seguindo em outro carro", diz.

A estudante conta que o ex-namorado estava normal, aparentando estar apenas um pouco "inquieto". Porém, quando estavam chegando próximo a uma barreira da Polícia Rodoviária Federal (PRF), ele pediu que ela entrasse em uma estrada vicinal. Ao negar, ele a ameaçou e afirmou que estava armado.

"Eu tentei acalmá-lo, mas não teve jeito. Aí eu parei o carro e ele começou a me agredir. Cheguei a morder o dedo dele e consegui descer. Mas ele veio e me bateu de novo. Foi quando eu desmaiei", lembra.

O colega que seguia a jovem afirmou à Polícia Civil que não tentou socorrer a estudante justamente por medo de que o suspeito estivesse armado.

Longas caminhadas

Nathálya diz que, quando acordou do desmaio, eles estavam próximos à Subestação de Energia de Firminópolis. Após trafegaram por mais alguns quilômetros, ele resolveu abandonar o carro e a obrigou a caminhar.

"Andamos a pé, no meio do mato, por muito tempo, umas 40 horas, sei lá. Só parávamos durante a noite. No primeiro dia, dormimos no meio do mato, sobre alguns sacos plásticos. No outro, em um barracão que ele arrombou. Ele me dizia que só não me deixava ir embora por causa dos machucados, que queria cuidar do nosso filho", lembra.

G1 GoiásEla diz que na segunda noite, se alimentou apenas com uma abóbora que foi assada pelo suspeito. Ao chegarem à Turvânia, na quarta-feira, a intenção do suspeito era comprar uma passagem de ônibus para Guapó, na Região Metropolitana de Goiânia. Porém, antes, eles passaram em uma mercearia para comprar alimentos.

Enquanto pegava biscoitos e uma garrafa de água, um comerciante reconheceu a jovem e acionou a Polícia Militar. Quando os agentes chegaram, Nathálya conta que foi coagida a mentir o nome. “Como os policiais desconfiaram, levaram os dois para a delegacia e ela disse aos policiais que era a jovem que estava desaparecida”, explicou o delegado responsável pelo caso, Thiago Junqueira.

O suspeito alegou à polícia que a jovem teria se machucado em decorrência de um acidente de moto. Ele foi preso em flagrante. A polícia ainda não informou para onde o jovem foi encaminhado para garantir a segurança do rapaz, pois, segundo o delegado, moradores da cidade estavam tentando linchá-lo.

Além da agressão contra Nathálya, também existiam dois mandados de medida protetiva contra o rapaz. Um deles foi emitido em 2012 e outro, em 2014, por agredir duas namoradas em Guapó, na Região Metropolitana.

Segundo o delegado, o suspeito também tem várias passagens por furto de carros, motos e até animais em fazendas. Ele chegou a ser preso pelos crimes, mas aguardava o julgamento em liberdade.

Nova vida

A jovem, que já tem uma filha de 5 anos, fruto de um relacionamento anterior, disse que agora que seguir com a vida. "Queria agradecer à polícia e a todos que torceram por mim. Agora estou aliviada e quero seguir a minha vida e cuidar dos meus filhos”, disse.

A mãe da jovem, a vigilante Marta Lourenço Araújo, disse que a gestação da filha segue sem problemas. “Fizemos um ultrassom e estamos levando de volta ao médico. Está tudo bem”.

Ela e os pais devem voltar para Firminópolis ainda nesta quinta-feira (11).

Fonte: G1 Goiás