Homem que estuprou e matou Irene Costa em Palmas ainda não foi preso. Internautas divulgaram informações falsas sobre prisão de suspeito.
Depois que o retrato falado do suspeito de estuprar e matar uma mulher em Palmas foi divulgado, surgiram dezenas de boatos na internet e nas redes sociais sobre a prisão dele. O crime aconteceu na última sexta-feira (12), quando Irene Barroso Costa, de 40 anos, foi estuprada e assassinada no Jardim Aureny III. O delegado responsável pelo caso, João Sérgio Kennup, disse que o criminoso ainda não foi capturado e que também não está morto, como afirmam alguns internautas. Além disso, Kennup explicou que as notícias falsas, inclusive, prejudicam as investigações.
"O cara está desaparecido, nós não sabemos a identidade dele ainda, mas nós vamos identificá-lo e nós vamos prendê-lo", afirmou Kennup. O retrato falado do suspeito foi feito por testemunhas e divulgado pela polícia no último sábado (13).
Abalada, a família diz não acredita no que aconteceu. "É lamentável esse fato que aconteceu, nós temos que acordar ainda porque estamos nesse pesado, eu nao sei até quando", lamentou a cunhada da vítima, Alba Lúcia Araújo.
Irene foi esfaqueada e estuprada à luz do dia, por volta de 15h, quando caminhava do ponto de ônibus em direção à casa dela. O marido Cleodimar Barros afirma que encontrou com ela nesse trajeto. Eles se cumprimentaram e ele seguiu para o trabalho, minutos antes do crime.
"Quando eu fui avisado eu estava dentro do ônibus, desci perto do Hospital Geral de Palmas, voltei e ainda encontrei ela com vida, no chão. Eu fui lá perto dela, mas fiquei desesperado demais, sem saber o que fazer. Ela perguntou para mim: Você não viu ele sentado no meio-fio? Eu falei que não tinha visto. Ela falou: Pois é, ainda te gritei", relatou o marido da vítima.
O delegado informou que depois que o retrato falado foi divulgado, outra mulher procurou à polícia para dizer que também foi vítima do mesmo homem. Ela disse que foi atacada na mesma região, no Jardim Aureny III. "Me parece que até então ela não tinha feito nenhum registro e pelo retrato falado disse que era a mesma pessoa."
Entenda o caso
Abordada por um homem no setor Aureny III, Irene recebeu 18 facadas e foi estuprada em uma construção abandonada, que fica próxima da casa onde ela morava.
Ela chegou a ser socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel (SAMU), mais não resistiu aos ferimentos e morreu a caminho do hospital. Irene trabalhava como encarregada de serviços gerais.
