Ele foi condenado a 12 anos, mas houve redução para 8 anos no semiaberto. Para o órgão, não foi considerada a premeditação e crueldade do crime.
O Ministério Público entrou com um recurso na Justiça contra a decisão do Tribunal de Justiça de reduzir a pena do autônomo Wilson Bicudo, condenado a 12 anos de prisão em regime fechado por perfurar os olhos da ex-mulher, a operadora de caixa Mara Rúbia Guimarães. Com a decisão dos desembargadores, ele terá de cumprir 8 anos em regime semiaberto, no qual pode sair para trabalhar, mas tem que retornar à cadeia para dormir.
Segundo a decisão dos desembargadores do TJ, “houve desnecessário rigor [...] ao determinar a pena-base, assim como o percentual de redução da tentativa”, justificando a nova sentença.
Entretanto, o MP alega que essa redução de pena não está levando em consideração a premeditação do crime, a crueldade no modo da agressão e a impossibilidade de defesa da vítima.
A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça informou que até as 16h desta quinta-feira o recurso não havia sido proposto pelo MP.
O crime aconteceu no dia 29 de agosto de 2013, em Goiânia. A operadora de caixa Mara Rúbia Guimarães foi torturada e teve os olhos perfurados pelo ex-marido. Após passar três dias internada no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), ela recebeu alta médica.
Mara Rúbia e Bicudo foram casados por seis anos e tiveram um filho, mas se separaram há cerca de três anos. No dia do crime, segundo a denúncia, ele amarrou a ex-mulher, a amordaçou e a enforcou com um fio de telefone. Em seguida, furou os olhos da vítima com uma faca e fugiu em seguida.
Após 21 dias foragido, Bicudo se entregou à Polícia Civil, no dia 19 de setembro de 2013. Segundo a delegada responsável pelo caso, Ana Elisa Gomes, ele confessou ter cometido o crime depois que a vítima se recusou a reatar o casamento.
Já em 19 de março de 2014, Bicudo foi a júri popular. Ele foi sentenciado a 12 anos prisão por tentativa de homicídio. A pena começou a ser cumprida em regime fechado.
