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Suspeito de Matar Tocantinense Késia Continua Solto 6 Meses Após Crime

Data do post: 13/07/2015 19:28:17 - Visualizações: (835)

Vítima foi encontrada dentro de um latão de lixo em Uberlândia. Segundo advogado, não há data para julgamento; família pede justiça.

G1 Triângulo MineiroPrestes a completar seis meses da morte da tocantinense Kesia Freitas Cardoso, de 26 anos, o rapaz que confessou o crime à polícia continua em liberdade e ainda não tem data para ser julgado. O assassinato ocorreu no dia 16 de janeiro deste ano, em Uberlândia. O corpo da jovem foi encontrado três dias depois dentro de um latão de lixo, no Bairro Industrial. A garota estava na cidade mineira a trabalho.

O homicídio foi investigado pela Polícia Civil e o inquérito finalizado no início de fevereiro. Na época, Iron Guilherme Alves, de 23 anos, confessou o crime e contou que tudo começou com uma discussão devido ao preço combinado por uma hora com a vítima, que além de empresária também era garota de programa. Depois do desentendimento, ele disse em depoimento que Kesia Freitas o atacou pelo pescoço e ele reagiu utilizando uma faca.

Segundo a polícia, como Iron Guilherme não tinha passagens pelo sistema criminal, não havia sido pego em flagrante e não havia nenhum mandado de prisão contra ele, não foi detido na época.  A prisão, nesse caso, ocorreria se houvesse elementos presentes do artigo 302 (risco a ordem pública, risco a instrução processual, risco a ordem econômica e o risco de frustrar a aplicação da lei penal).

O advogado de acusação Adriano Parreira de Carvalho disse que o processo já está na mão do juiz há dois meses, mas que devido à quantidade de trabalho do Judiciário ainda não foi marcada uma data para tratar do caso. “É só um juiz para cuidar de milhares de processo e enquanto não há uma decisão, Iron Guilherme continua solto. Já se passaram quase seis meses e ainda não tivemos uma resposta da Justiça. A família, os amigos e a sociedade esperam por essa resposta”, disse.

Adriano Parreira acrescentou que existem casos que podem demorar de quatro a cinco anos até chegar à condenação. “É um absurdo, mas são as leis”, afirmou.

Já a advogada de Iron Guilherme, Ana Lucia do Nascimento, ressaltou que o cliente continua solto aguardando os procedimentos judiciais.

 Família pede por Justiça

G1 Triângulo MineiroO irmão de Kesia Freitas, Hillson Freitas falou da dor da família nesses quase seis meses de perda. “É um absurdo ver o homem que matou a minha irmã solto. O mínimo que esperávamos era que ele não estivesse em liberdade”, contou.

Hillson acrescentou que para a família nada justifica a impunidade e que eles enxergam Iron Guilherme como um risco para a sociedade. “Sentimos mal em ver uma pessoa que fez o que fez vivendo uma vida normal e nós vivendo uma vida de sofrimento e de dor, implorando por justiça. Quem fez uma vez, pode fazer outra”, ressaltou.

O irmão da vítima disse ainda que familiares e amigos estão organizando uma viagem para Uberlândia para fazerem uma manifestação pedindo por respostas, pela prisão do apontado no crime. “Em breve vamos sair de Tocantins e mais uma vez pedir por justiça em Minas Gerais. A intenção é fazer uma manifestação no Fórum de Uberlândia”, concluiu.

Fonte: G1 Triângulo Mineiro