Delegado diz que suspeitos acreditavam que rapaz tinha matado colega. Após ameaças, eles executaram a vítima e, 5 meses depois, o pai dela.
O Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, prendeu Rosinaldo Damascena da Conceição, de 26 anos, e Thiago Vieira Luz, de 20, suspeitos de matar duas pessoas, que eram pai e filho. Um adolescente, de 16, também é investigado por envolvimento no caso e permanece foragido.
Segundo o delegado André Bottesini, adjunto do GIH, Jhonatan Diego Martins Pereira, de 26, e o pai dele, o borracheiro João Marques da Silva, de 48, foram mortos por vingança na frente de outros familiares. O primeiro foi assassinado no último dia 27 de outubro e o segundo no dia 14 de março deste ano, respectivamente.
As investigações apontam que os suspeitos presos têm ligações com uma quadrilha de tráfico de drogas. O delegado conta que eles pensavam que Jonathan era responsável pela morte de um integrante do grupo e passaram a ameaçá-lo. Eles chegaram a visitar um bar onde estava o pai do rapaz, mas ele não acreditou que o filho corria riscos.
"O pai não acreditou que eles iriam fazer alguma coisa, pois acreditava que o filho não mataria ninguém. Porém, os três saíram, foram até a casa da vítima e efetuaram cinco disparos contra Jhonatan", explicou Bottesini.
Na ocasião da morte do rapaz, a mãe e uma irmã dele presenciaram o crime e também foram ameaçadas. "Elas viram o Jonathan ser assassinado na porta de casa. O menor ainda teria apontado a arma para o rosto da mãe e puxado o gatilho, porém, a arma já estava sem balas. De dentro do carro ele ainda fez sinal de silêncio para as duas", ressalta.
Depois do primeiro crime, o pai chegou a ser intimado a prestar depoimento por duas vezes, mas não compareceu. "Os suspeitos a princípio ameaçaram o João, mas depois disseram que não fariam nada. Como perceberam que ele ainda não havia feito a denúncia na delegacia, fizeram a execução dele como queima de arquivo cinco meses após a morte do filho".
Desde então os suspeitos estavam foragidos e foram presos na semana passada. O delegado explicou que a prisão preventiva deles já foi decretada e que ambos seguem na Casa de Prisão Provisória (CPP) de Aparecida. Já o menor segue foragido e a polícia faz buscas por ele.