Delegado-geral diz que crime exige mobilidade e resposta rápida. Seis suspeitos de planejar assalto foram presos no interior do Pará.
Um balanço divulgado pela Polícia Civil do Pará aponta que 42 pessoas já foram presas por suspeita de envolvimento com roubos a banco no estado em 2015.
De acordo com o delegado geral Rilmar Firmino, existe uma operação permanente da polícia para evitar este tipo de crime, que ganha contornos violentos graças a modalidade conhecida como "assalto vapor", que é quando grupos criminosos utilizam armamento pesado durante as investidas contra as agências - uma destas ações resultou na morte de um gerente no dia 12 de julho, dois dias depois dele ter sido baleado na perna em um assalto na agência bancária de Trairão, sudoeste do Pará.
De acordo com a polícia, o combate a estes grupos criminosos exige uma resposta rápida dos órgãos de segurança. "A mobilidade é um fator muito importante. Em menos de dois dias após o assalto (a Trairão), a gente conseguiu identificar todos os integrantes do grupo", disse o delegado-geral Rilmar Firmino.
Quadrilha presa
Um dos grupos suspeitos de praticar estes assaltos foi preso na última terça-feira (14) na zona rural de São Miguel do Guamá, nordeste do estado. Um sétimo suspeito identificado como Lindoandro Martins, reagiu e atirou nos policiais no momento em que seria preso, morrendo após a troca de tiros.
De acordo com os policiais, o grupo planejava assaltar a agência bancária de São Domingos do Capimx nesta quarta-feira (15). Os policiais encontraram com os suspeitos armas pesadas, como metralhadoras, fuzis e escopetas, pistolas de uso exclusivo das forças armadas, coletes à prova de balas, roupas militares e dinamite.
Os presos e o material apreendido foram levados para a delegacia geral, em Belém. Além do planejarem o assalto em São Domingos, o grupo é suspeito de ter envolvimento com roubos em bancos de Pacajá, Tucuruí e na tentativa de explosão de um banco em Santa Maria.
Os suspeitos vão responder pelos crimes de associação criminosa, posse e porte ilegal de armas de fogo de uso restrito, e posse ilegal de explosivos. A presa Maria Raimunda usava um documento de identidade falso e por isso vai responder também por uso de documento falso.