Ele disse matou catador quando ele tentava estuprar a mulher dele, em GO. Após crime, corpo foi amarrado a colchão e queimado em rua de Goiânia.
O flanelinha Marcos Raphael Reis Silva, de 29 anos, foi preso suspeito de matar e atear fogo ao corpo de um catador de papel, em Goiânia. Ao ser apresentado pela Polícia Civil, na manhã desta quarta-feira (15), ele confessou o crime e disse que a vítima estava tentando abusar sexualmente da companheira dele. Por isso, "faria novamente".
"Cheguei em casa e o rapaz estava tentando estuprar minha mulher. Estava tentando tirar a roupa dela a força. Como estava muito bêbado e sob o efeito de drogas acabei matando ele. Não tem como arrepender, porque já está feito e se eu pegasse ele tentando estuprar minha mulher de novo, faria novamente", afirmou o flanelinha.
O crime aconteceu na madrugada de terça-feira (14), no Parque Amazônia. O catador de papel, de 29 anos, foi morto dentro de uma casa, teve o corpo amarrado a um colchão e foi jogado em uma rua. A suspeita é que ele tenha levado pauladas e marteladas na cabeça e, em seguida, foi queimado.
Por volta das 5h, vizinhos encontraram o corpo da vítima carbonizada e acionaram a polícia. Pouco tempo depois, Marcos foi preso pela Polícia Militar nas proximidades do local. "Eu não fugi do local não. Depois que terminei eu fui trabalhar. Eu vigio carros ali perto", contou o suspeito.
O delegado Matheus Melo, responsável pelo caso na Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), conta que tanto a vítima quanto o suspeito eram envolvidos com o tráfico de drogas e ambos tinham passagem na polícia por furto. A residência onde o crime foi cometido era um ponto onde eles se encontravam para usar os entorpecentes.
Ele explica ainda que não há suspeita de envolvimento da mulher no assassinato. "Ela foi apenas testemunha. Investigações descartam a participação dela no homicídio e na destruição do cadáver", relata o delegado.
Segundo Melo, faltam alguns detalhes para concluir as investigações, como o laudo que vai comprovar as causas da morte do catador de papel. O inquérito deve ser remetido ao Judiciário em dez dias. "Ele [suspeito] vai responder por homicídio qualificado, crime pelo qual pode pegar de 12 a 30 anos, e destruição de cadáver, que tem pena de um a três anos de prisão", explicou.