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Enterrado Corpo de Mulher Que Fez Peregrinação Por Tratamento em GO

Data do post: 20/07/2015 20:10:50 - Visualizações: (1054)

Família desabafa contra o sistema de saúde por descaso no atendimento. Eles dizem que jovem, que morreu na noite de sábado (18), estava grávida.

G1 GoiásO corpo da dona de casa Patrícia Costa França, de 25 anos, que teve aneurisma e morreu após fazer uma peregrinação em busca de atendimento médico, foi enterrado na manhã desta segunda-feira (20), em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Na cerimônia, realizada no Cemitério Jardim da Paz, o marido da jovem, o coordenador técnico Douglas Martins, de 25, lamentou a perda da esposa.

"O sonho dela era ter uma casa, para cuidar dos nossos filhos e olha a casa que ela ganhou", disse, ao apontar para o túmulo. "Vou continuar em frente para cuidar dos nossos dois filhos e vou dar todo o amor para eles, em dobro, o meu e o dela, mas vai ser difícil", disse, aos prantos.

A mãe de Douglas, Inacimar Martins Ferreira, 43, também estava inconsolável no enterro da nora e reclamou da forma com que a jovem foi tratada quando buscou atendimento. "Ela está indo para as mãos de Deus. Está indo ficar com Deus por conta do descaso da saúde pública. Isso é revoltante", disse.

Segundo o marido, a jovem também estava grávida. No entanto, ainda não houve confirmação oficial sobre a gravidez.

 Peregrinação

G1 GoiásPatrícia começou a passar mal no último dia 7. Com fortes dores na cabeça e perda de visão, ela foi levada para o Centro de Assistência Integral à Saúde (Cais) do Setor Nova Era. Como a unidade estava lotada, os parentes a levaram a um hospital particular e pagaram por um exame que apontou o aneurisma. Por ser considerado um problema grave, o médico que fez o atendimento a encaminhou para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo).

Douglas conta que a solicitação era para vaga de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas que a mulher passou a noite em um leito de enfermaria da unidade. Em seguida, ela foi transferida para o Hospital Cidade Jardim, onde a família acusa que ela demorou três dias para ser atendida e não foi medicada durante esse período. Ela teve alta, mas voltou a passar mal em casa e foi internada novamente no Hugo.

O marido alegou, ainda, que teve dificuldades para fazer a liberação do corpo e que teve de ir à polícia para realizar o procedimento, pois acredita que a morte tenha ocorrido em decorrência na falha do atendimento.

"O responsável pelo corpo da minha mulher queria liberar o corpo para o SVO [Serviço de Verificação de Óbito], alegando causas naturais. Eu não aceitei e insisti que o corpo fosse levado para o IML [Instituto Médico Legal] para fazer mais exames e saber realmente quais foram as causas da morte. Para isso, tive que ir na delegacia e registrar um boletim de ocorrência", conta.

O tio de Patrícia, o jardineiro Cláudio Divino de Souza alega que houve falha no atendimento e que isso foi crucial para a morte da sobrinha. "Não sou médico, mas acredito que se ela tivesse sido bem atendida, teria maiores chances de sobreviver", alega. A família diz que pretende entrar na justiça contra o hospital.

A assessoria de imprensa do Hugo informou, em nota, que lamenta o "desfecho do quadro clínico" de Patrícia e afirma que será aberta uma sindicância para apurar a conduta de todos os envolvidos na assistência à paciente.

Fonte: G1 Goiás