Em setembro, serão ouvidas 11 testemunhas de defesa e acusação. Garota foi morta com facada pelo cliente durante programa.
O réu Iron Guilherme Alves, acusado de assassinar a tocantinense Kesia Freitas Cardoso em Uberlândia, será ouvido pela Justiça em dois meses. A audiência de instrução e julgamento foi marcada para o dia 22 de setembro, às 14h, no Fórum Abelardo Penna, em Uberlândia. Além dele, serão ouvidas as testemunhas. Ao fim dos trabalhos, o juiz poderá proferir a decisão ou publicar a sentença posteriormente.
Segundo o advogado de defesa, Adriano Parreira, ao todo serão ouvidas oito testemunhas de acusação e três de defesa. “Acredito que pela complexidade do crime, a audiência será mais demorada e o juiz não deverá julgar no mesmo dia”, considerou.
O assassinato ocorreu no dia 16 de janeiro deste ano e o corpo da vítima foi encontrado três dias depois dentro de um latão de lixo, no Bairro Distrito Industrial. A garota que, além de empresária também era garota de programa, estava na cidade mineira a trabalho.
Durante as investigações da Polícia Civil, Iron, de 23 anos, confessou o crime e contou que tudo começou a partir de uma discussão devido ao preço combinado pelo programa com a vítima durante uma hora. Após o desentendimento, ele disse em depoimento que Kesia o atacou pelo pescoço e ele reagiu utilizando uma faca.
Como o jovem não tinha passagens pelo sistema criminal, não havia sido pego em flagrante e não havia nenhum mandado de prisão contra ele, por isso não foi detido na época. O inquérito foi finalizado em fevereiro e remetido ao Ministério Público Estadual (MPE)
Família pede por justiça
O irmão de Kesia Freitas, Hillson Freitas, falou da dor da família nesses seis meses de perda. “É um absurdo ver o homem que matou a minha irmã solto. O mínimo que esperávamos era que ele não estivesse em liberdade”, contou.
Hillson acrescentou que para a família nada justifica a impunidade e que eles enxergam Iron Guilherme como um risco para a sociedade. “Sentimos mal em ver uma pessoa que fez o que fez vivendo uma vida normal e nós vivendo uma vida de sofrimento e de dor, implorando por justiça. Quem fez uma vez, pode fazer outra”, ressaltou.
O irmão da vítima disse ainda que familiares e amigos estão organizando uma viagem para Uberlândia para fazerem uma manifestação pedindo por respostas, pela prisão do apontado no crime. “Em breve vamos sair de Tocantins e mais uma vez pedir por justiça em Minas Gerais. A intenção é fazer uma manifestação no Fórum de Uberlândia”, concluiu.