Bombeiros orientam a população a não atear fogo a lixo e lotes baldios. Moradores reclamam de sujeira e doenças provocadas pela fumaça.
O Corpo de Bombeiros registrou 1.440 focos de queimadas em Goiás desde janeiro deste ano. Somente na Região Metropolitana de Goiânia, foram 366 ocorrências.
O terreno localizado no cruzamento das avenidas T-63 e C-107, no Setor Jardim América, foi um dos locais incendiados na capital. Os bombeiros acreditam que alguém ateou fogo ao lixo jogado no lote.
A situação se repete em vários bairros de Goiânia, como no Setor Brisas do Cerrado. Moradora da região, Maria José Ferreira conta que faz até vaquinha com vizinhos para limpar lotes e evitar incêndios, mas não é o suficiente para coibir definitivamente as chamas.
Assim, as casas não param limpas e a população acaba adoecendo. “A gente fica com falta de ar, dor de cabeça, passa muito mal”, reclama Ferreira.
Os bombeiros ressaltam que é proibido atear fogo em lixo. Apesar das campanhas educativas, essa prática continua e acarreta mais prejuízos à saúde da população.
“Cada dia que passa essa poluição é maior porque a quantidade de lixo nesses lotes baldios é muito grande. São muitas substâncias tóxicas que acabam sendo emitidas no ar e o número de doenças acaba aumentando”, diz o capitão do Corpo de Bombeiros Eberson Holanda.
Em muitos casos, as chamas são difíceis de serem controladas. “Na zona urbana, a gente tem condições de controlar o incêndio de maneira mais rápida. Dependendo da situação que acontecer na zona rural pode atingir unidades de conservação e esse incêndio pode se tornar um grande incêndio, que vai se prolongar por dias”, explica o capitão.
