Menos de 10% dos municípios apresentaram o documento na data. Uma das exigências da nova legislação é a responsabilidade compartilhada.
Um cenário de solidão em meio a toneladas de lixo. O catador Moises de Sousa todos os dias desafia os riscos de passar horas no lixão catando material para a reciclagem. “A gente tem que fazer para viver e estamos sujeitos a um negócio desses”, disse.
A Política Nacional dos Resíduos Sólidos deu um prazo de quatro anos para que todos os municípios brasileiros adotassem a coleta seletiva e ainda a destinação do lixo para aterros sanitários. Pouca coisa foi feita e o prazo terminou em agosto de 2014. Em Balsas, de acordo com a Secretaria de Meio Ambiente existe um projeto para um aterro sanitário, porém não há data para implantação.
Menos de 10% dos municípios conseguiram apresentar o documento na data estabelecida. Sem eles, os municípios não podem pedir recursos da União para cuidar dos lixões e limpeza urbana. Em Balsas apesar da elaboração do projeto, o aterro do lixo não foi iniciado. “Não tem mais lugar para colocar lixo. Está tudo cheio como vocês estão vendo”, disse a catadora Adalgiza Silva.
Uma das exigências da nova legislação é o estabelecimento da responsabilidade compartilhada entre cada integrante da cadeia produtiva, entre empresas, governo e consumidores.
A Secretária de Meio Ambiente de Balsas, Geiva Carvalho, informou que o plano está sendo finalizado, mas que o município não colocou nada em prática porque está aguardando recursos do Governo Federal.