Cerca de 100 educadores ocupam a Secretaria da Administração do TO. Sindicato diz que eles só vão sair quando tiverem reivindicações atendidas.
Cerca de 100 professores ocupam o prédio da Secretaria da Administração do Tocantins (Secad) desde a manhã quinta-feira (13). Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintet), José Roque, eles dormiram nos corredores do órgão e continuarão lá até que tiverem as reivindicações atendidas.
Os educadores almoçaram no local, passaram a tarde no órgão, espalharam os colchões e dormiram nos corredores. O sacrifício é para que a proposta do sindicato seja atendida pelo governador. "Vamos ficar lá até que possamos ter um encaminhamento sobre as nossas reivindicações".
Na última segunda-feira (10), a greve dos professores da rede estadual foi considerada ilegal e abusiva pelo Tribunal de Justiça do Tocantins. No início da tarde desta quinta-feira, o presidente foi notificado da decisão, mas disse que o sindicato vai recorrer e que a greve continua, mesmo após o governo anunciar o corte de pontos.
Durante o lançamento do Salão do Livro, realizado nesta quinta-feira, o governador Marcelo Miranda pediu o retorno dos professores. "Peço a eles a compreensão, que voltem às salas de aula porque a greve já foi decretada ilegal. Então a missão do governo é cumprir o que tem que cumprir, nós pagamos em dia. As questão que estão sendo levantadas, nós já discutimos e exaurimos. O governo está com o propósito: volte as aulas e vamos conversar, senão vai ficar do mesmo jeito, mas eu estou com a consciência tranquila".
Na manhã desta sexta-feira (14), outros professores se juntaram aos que já estavam na Secad para fazer um protesto em frente ao órgão. "Alguns estão na porta da Secad fazendo um ato, outros continuam dentro da secretaria. Alguns estão deitados, outros lendo. Vale a pena tudo o que estamos fazendo e vamos ficar por tempo indeterminado", afirmou o professor Antônio Jorge.
Protesto
A Secad foi ocupada após um protesto realizado pelos professores em Palmas. Eles interditaram a TO-050 e queimaram pneus. O objetivo foi chamar a atenção das autoridades e da população sobre a greve que já dura mais de dois meses. No protesto, veículos ficaram parados por cerca de duas horas.
A greve começou no dia 5 de junho. O motivo da paralisação é a reivindicação da categoria sobre o pagamento da data-base integral de 8,34%, do retroativo das progressões de 2013, das progressões de 2014 e 2015, além de reajuste com base no custo aluno (Fundeb 13,01%).
Os profissionais pedem ainda a reeleição de diretores de escola sem pré-seleção de candidatos, o enquadramento dos administrativos e equiparação salarial de professor normalista (Prono) ao de professor da educação básica (Proeb).