Eles ocuparam Secretaria Estadual da Administração na última quinta (13). Professores da rede estadual está em greve há mais de dois meses.
Após passarem a noite na Secretaria Estadual da Administração do Tocantins (Secad), professores em greve decidiram desocupar o prédio, na tarde da ultima sexta-feira (14). As informações são do presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintet), José Roque. Os profissionais invadiram o órgão na última quinta-feira (13) após uma manifestação em Palmas. Eles almoçaram no local e, em protesto, resolveram colocar colchões nos corredores do prédio e passar a noite no lugar.
O presidente havia dito que os educadores iriam ficar no órgão até que as reivindicações fossem atendidas, mas optaram por sair após uma reunião com a categoria. "Nós percebemos que mesmo se ficássemos lá não iria mudar nada neste sábado e domingo. Então fizemos uma reunião e decidimos sair", disse Roque. Apesar da desocupação do órgão, o presidente disse que a greve continua.
Ele ainda informou que os professores, em greve há mais de dois meses, vão fazer outra reunião na próxima segunda-feira (17) para decidir as próximas ações.
Protesto
A Secad foi ocupada após um protesto realizado pelos professores em Palmas. Eles interditaram a TO-050 e queimaram pneus. O objetivo foi chamar a atenção das autoridades e da população sobre a greve que já dura mais de dois meses. No protesto, veículos ficaram parados por cerca de duas horas.
Greve ilegal
Na última segunda-feira (10), a greve dos professores da rede estadual foi considerada ilegal e abusiva pelo Tribunal de Justiça do Tocantins. Na última quinta-feira, o presidente foi notificado da decisão, mas disse que o sindicato vai recorrer e que a greve continua.
O governador Marcelo Miranda afirmou que se os professores não retornarem às salas de aula, o Estado irá cortar os pontos "Iremos, sim, cortar os pontos. Eu não gostaria de tomar essa atitude, por isso estou pedindo para que os professores voltem, para que os alunos não sejam prejudicados. Enquanto não retornarem, o governo não conversa".
Reivindicações
A greve começou no dia 5 de junho. O motivo da paralisação é a reivindicação da categoria sobre o pagamento da data-base integral de 8,34%, do retroativo das progressões de 2013, das progressões de 2014 e 2015, além de reajuste com base no custo aluno (Fundeb 13,01%).
Os profissionais pedem ainda a reeleição de diretores de escola sem pré-seleção de candidatos, o enquadramento dos administrativos e equiparação salarial de professor normalista (Prono) ao de professor da educação básica (Proeb).
Em nota, a Secretaria da Administração disse que a antecipação dos pagamentos das progressões não é possível porque compromete a capacidade financeira do Estado. Quanto à data-base, diz que já foi implementada 4,17% e a segunda parcela sai em outubro.